A glória para si mesmo leva ao fim.

Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?
Mt. 23:33.
         
        A fama, o sucesso, são muito perigosos; e funcionam como bombas na vida de qualquer pessoa, principalmente na vida do cristão, se não houver o pleno reconhecimento de que tudo que acontece em nossas vidas, tanto no campo cultural, profissional, etc., é para a obra de Deus e para a sua glória ser vivida por nós e àqueles que pudermos ajudar ao redor.
        Quando isso não é entendido, vemos e continuaremos vendo, numa constante intensa e absurda, quedas de grandes e renomados líderes cantores evangélicos, maestros, pregadores, missionários e outros mais.
        Nós somos o barro e ele é o oleiro.
        Nós somos nada e ele é o Todo-Poderoso.
        Nós somos os seus discípulos e ele é o Mestre.
        Nós somos servos e ele é o Senhor.
        Nós somos filhos e ele é o Pai.
        Eu não consigo entende; e olha que eu até tento muito, qual é a razão de tanta empáfia.
        O povo é de Deus.
        A Bíblia Sagrada é a palavra de Deus.
        O poder é de Deus.
        A igreja é de Cristo; e as pessoas, tidas como famosas, se colocam como possuidoras do que é de Deus. Pensam soberbamente que são as detentoras do poder de Deus.
        Assim, as ovelhas, que constituem a igreja de Cristo, ficam como mercadorias; a igreja se torna uma empresa; a Bíblia Sagrada é a representação mercantilista, o dízimo é o comércio, é o câmbio de cargos e funções ministeriais e os pastores evangélicos são empresários, buscando cada vez mais títulos agindo com extorsão com os fiéis porque é a igreja dos homens de negócio.
        Até onde vamos chegar com esta atrofia espiritual?
        Em relação ais cantores evangélicos, nem se fala. Alguns se mostram bem simpáticos e amáveis quando estão diante das câmeras, mas em suas respectivas igrejas são de uma arrogância sem fim, não cumprimentando seus irmãos, como se fossem os donos do mundo.
        Realmente Jesus falou e continua falando sobre a conquista do reino dos céus, que é necessário buscar o reino de Deus (Mt. 6:33); porém, a igreja dos homens se acostumou com o pão bolorento do reino deste mundo, não acreditando mais que Jesus Cristo irá voltar (II Pe. 3:4).
        Por isso, há entre nós muito doentes como disse o Apóstolo Paulo (I Co. 11:30). São os famosos, os glamourosos mortos-vivos.
        As pessoas costumam fugir da verdade, mas precisam dela para se guiarem nas mudanças necessárias que a vida com Cristo propõe. É uma carência espiritual terrível.
        Até onde vamos chegar?  
        Milagres, curas, shows evangélicos, com multidões e muitas vidas se convertendo, não significa de forma alguma que Deus esteja aprovando o ministério de determinado líder.
        O Apóstolo Paulo, disse que não se importava que o evangelho fosse pregado, ou por porfia, ou por contenda (Fp. 1:18); e nós temos vivido este tempo em nosso tempo.
        Graças a Deus pelos remanescentes, pelos sete mil, que não dobraram os seus joelhos a Baal (I Re. 19:18).
        Graças a Deus pelos que ainda esperam pela vinda de nosso amado e Salvador Jesus Cristo; e vivendo cada dia de uma vez, como se Jesus viesse agora.
        Graças a Deus pelos "bastas" de Deus, quando isso se faz necessário. Por isso, eu tenho a absoluta certeza que estamos vivendo um tempo apocalíptico, o epílogo da história da igreja nesta terra, porque é necessário o "basta" de Deus, com a vinda de Cristo para buscar a sua noiva.
        Graças a Deus pelos que não se corrompem achando que se são alguma coisa é devido ao Senhor, porque Dele, e para Ele, são todas as coisas; glória pois à Ele eternamente. Amém (Rm. 11:36). Por isso, o mais importante é ser exemplo, vivendo o que fala, porque o Senhor distingue, mostrando a diferença de quem o serve e de quem não o serve (Ml. 3:18). E fica bem nítido quem canta e quem louva; quem tem a cara descoberta (II Co. 3:18) e quem é mascarado, com a maquiagem de fariseu, envernizado de hipocrisia (Mt. 23:13-33), quem é filho e quem é bastardo; quem é o amigo de Deus e quem é inimigo (Tg. 4:4), amando o mundo e se deleitando com o vil metal, adquirindo a glória para si mesmo, por dádivas que não fez (Pv. 25:14), adorando a Satanás, enganando e mentindo para o povo de Deus, levando muitos ao pecado; dizendo ilusoriamente que não tem problema, anulando a verdade da Palavra de Deus, com ditames próprios, no famoso não tem nada a ver, amando e cometendo a mentira (Ap. 22:15). Usando o púlpito, o altar do Senhor, como se fosse palco, sem a luz divina, sem ter luz alguma e precisando de holofotes.
       
        O final dessa gente toda é o caldeirão do Inferno!

        Precisamos ter cuidado, vigiando em todo o tempo para não cairmos na história de ilusão desse povo (I Co. 10:12).

       E que Deus lhe abençoe muitíssimo!
       Amém.