O temor do Senhor encaminha para a vida.
Pv. 19:23.
A gente vive meio ao acaso, fugindo muitas vezes, fingindo certas alegrias até com algumas alegorias para alguns, quando na verdade a gente vive se despedindo de tudo sempre e se despindo de tantos conceitos que são tão importantes, que nos perdemos nestas despedidas.
E isso acontece muito quando os medos tendem a querer ficar no comando de nossas emoções.
É isso. A gente vive se despedindo.
Em relação aos dias, para que a terça-feira chegue, a gente precisa se despedir da segunda-feira; e para que a quarta-feira chegue, a gente precisa se despedir da terça-feira e assim sucessivamente.
É isso. A gente vive se despedindo.
Em relação aos estudos, para que a gente atinja o curso fundamental, a gente precisa se despedir dos primeiros anos de aprendizado; e para que a gente chegue à Universidade, a gente precisa se despedir do curso de ensino médio, e como consequência os outros requerem também despedidas.
A gente vive se despedindo do que é errado, buscando o que é certo e acaba encontrando o que é errado quase sempre.
A gente vive se despedindo do que é feio, buscando o que é belo pela imposição da estética que convida a sociedade, proclamando que a imagem é tudo.
A gente vive querendo começar sempre, numa compulsão desenfreada e numa ansiedade de querer algo mais, que nem ao menos a gente sabe o que é. E assim, nesta corrida apressada ao que é novo, a gente vive se despedindo.
A gente vive se despedindo do hoje, e correndo para o amanhã que nem ao menos existe ainda.
A gente vive se despedindo dos erros e tentando acertar. Porém, mesmo assim a gente vive se despedindo dos acertos, ainda que a gente não queira.
Por que isso?
Por que a gente vive se despedindo?
Por que tantos por quês dentro das histórias, dos fatos, das circunstâncias, das pessoas que a gente vive se despedindo?
É complicado demais entender estas despedidas que a gente vive se despedindo sempre e sempre, de maneira até muito intensa.
A gente vive se despedindo das pessoas, que vão passando pela vida juntos com a gente, ao lado da gente, com amor ou com muito ódio; porém, a gente vive se despedindo.
Como entender as despedidas?
É preciso ver que a gente se despede logo do presente que Deus nos presenteia a cada dia e deixa no passado, no afã de querer logo o futuro.
A gente vive se despedindo do presente, mas é preciso viver cada dia de uma vez, porque assim a gente não vai viver de modo comum, mas a gente vai passar a se encontrar com a própria vida; pois a vida é uma riqueza inestimável que precisa ser vivida com muita intensidade e amor, paz, alegria, saude, sonhos, esperanças, fé e vontade de vencer.
A vida precisa ser vivida sem despedida, porque assim a vida terá mais vida, vida viva com Jesus Cristo.
Viver é um direito, um privilégio, um milagre único que jamais se repete. Então viver do jeito que a vida precisa ser vivida é dar um bem-vindo à vida e nunca mais viver de despedidas.
Tenha uma vida de muitos começos e nunca de despedidas.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!
Amém.
A gente vive querendo começar sempre, numa compulsão desenfreada e numa ansiedade por algo mais, que nem sabemos o que é. E aí a gente vive se despedindo.
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