segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Olhando pela janela do ônibus.
Operando eu, quem impedirá?
Is. 43:13.
Gosto muito de sentar no banco, que me coloca na vantagem da janela do ônibus.
Nas minhas idas e vindas, dentro da minha emocionante rotina de vida, em viajar de ônibus, me deparo com cada situação completamente absurda, em seus detalhes.
Hoje, por exemplo, olhando pela janela do ônibus, no meu trajeto de ida para a Igreja, vi uma cena um pouco hilária, até certo ponto intrigante, de uma mulher, muito bem arrumada, dando a maior surra num homem.
A cena, além de surpreendente, por se tratar de um local, que é caminho para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, provocou um imenso engarrafamento, além de comentários diversos de especulação, dentro do ônibus em que eu estava.
Muitos estavam a favor do homem, outros estavam a favor da mulher. E assim, as opiniões se dividiam. E enquanto isso, talvez o homem não soubesse o motivo pelo qual estivesse apanhando, mas ela certamente bem sabia o motivo da surra que estava dando.
A cena era constrangedora, por se tratar de um homem apanhando publicamente de uma mulher.
Mesmo assim, a surra da mulher no homem, continuava, vergonhosamente.
E continuando a minha emocionante viagem para a Igreja, olhando pela janela do ônibus, os pescadores da ponte, em plena manhã de domingo, rindo a valer, pela pescaria, que era um peixinho, menor do que a sardinha.
Alguns pescadores estavam isolados dos demais, outros agrupados, numa provável e costumeira turminha de domingo.
E olhando pela janela do ônibus, alguns davam um tchau, para todos nós, que do ônibus, estávamos funcionando como plateia; e outros nos ignoravam, completamente alheios ao ônibus, e plenamente focados na pescaria.
E olhando pela janela do ônibus, vi diversos veículos.
Alguns numa beleza estonteante, onde o motorista fazia questão de ultrapassar os outros carros, por saber que o seu era o melhor, o mais bonito e o mais potente.
Outros, com o seu carro mais antigo, estavam indo mais lentamente, atrapalhando o trânsito, pela falta de condições de seu veículo.
E assim, olhando pela janela do ônibus, tudo e todos que a minha visão pôde alcançar, fui reparando alguns rostos, de pessoas alegres, de bem com a vida, caminhando, e aparentemente, cheios de paz, pelo domingo ter chegado. Outros, nitidamente tristes, andando bem cabisbaixos, mostrando que o mundo pra eles acabou, principalmente por ser justamente domingo.
Crianças correndo livremente, passando toda a sensação de vida.
Jovens batendo papo. Outros correndo; e outros pedalando suas bicicletas, mostrando liberdade.
E assim, pude perceber, que olhando pela janela, em apenas vinte minutos de viagem, quanta coisa aconteceu, com tantas pessoas, no meu deslocamento de um lugar para o outro; e eu pude ver. Porém, nada, absolutamente nada, pude fazer. Somente ver, observar, me espantar, rir, refletir sobre tudo e dar boas gargalhadas com tantas situações surpreendentes e intensas.
Imagino que, dentro da realidade de um dia, de um ano, de uma vida inteira, quantas coisas acontecem com tanta gente.
Não dá pra dimensionar. Apenas, ficar olhando pela janela do ônibus.
Entretanto, Deus, o Todo-poderoso, tudo vê e a todos guia e orienta ao seu querer; independente de nós termos a consciência disso ou não.
Ele é Deus. E não fica olhando pela janela do ônibus. E diante da sua vontade, que é boa, agradável e perfeita, ninguém escapa (Rm. 12:2). E do seu olhar, que tem o fulgor das chamas de fogo, tudo é muito claro ( Ap. 1:14).
Só o Senhor é Deus.
Só o Senhor tem tudo e todos no seu controle. E ninguém pode impedir o seu agir (Is. 43:13).
Só o Senhor tudo sabe.
Só o Senhor tudo realiza.
Só o Senhor tudo e a todos conhece.
Só o Senhor é soberano.
Só o Senhor.
Tenha uma vida de vigilância.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!
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