quarta-feira, 17 de junho de 2015

Nós precisamos do que é suficiente.


Sem mim nada podereis fazer.
Jo. 15:5.



Nós precisamos do que é suficiente.
Eu ouvi esta frase de minha querida filha Soraya Amorim, quando ela tinha cerca de dez anos de idade.
A palavra suficiente tem sua classificação como sendo aquilo que basta ou aquilo que satisfaz.
Um recipiente tem uma capacidade suficiente estipulada. E no geral, nunca pode ser ultrapassado ao que foi estipulado como padrão, porque se não, a tendência é que o recipiente se rompa, se for algo para romper, ou transborde, se for algo para transbordar.
Sendo assim, o que é suficiente é o que é ideal.
Dentro da realidade do homem, e do mundo apressado que ele fez para viver, a ideia do que é ideal acaba sendo completamente obsoleta, porque diante de tanta pressa, o homem se esqueceu que pra ele viver bem, ele precisa somente do que é suficiente. Pois, o que é suficiente lhe satisfaz, lhe basta.
E como o homem se esqueceu, que para viver bem, ele só precisa do que é suficiente, assim sendo, na obstinação descomedida de ter e ter cada vez mais, na corrida pelo vil metal, o homem vai atropelando pessoas que ama e até a si mesmo, no contexto de seus princípios, para conquistar o que ele acha que é o bem para a sua vida.
Entretanto, ninguém pode ser feliz, ninguém chega a lugar algum, promovendo discórdia, confusão, briga e prejudicando o seu próximo, porque ser bom e fazer o bem ao próximo, faz parte do bom viver, e é a melhor regra divina para o homem ter uma vida regaladamente feliz.
Apesar de até o homem saber que o caminho do seu bem é fazer o bem, ele prefere criar atalhos e nos diversos subterfúgios que busca, acaba fugindo de vez do que é ideal. E diante de tantas fugas, o homem acaba se prendendo em circunstâncias mais desconexas com o que é ideal; e acaba se perdendo no que poderia ter sido tão simples e maravilhoso para a sua vida: Apenas ser feliz.
Se na vida de todos os dias, o homem não desenvolver o que lhe é de direito, dentro dos valores éticos que lhe são ensinados, a tendência normal, é que ele passe a viver fugindo cada vez mais de suas origens. E a pior coisa, é quando o homem foge de sua essência, de suas origens; pois, ele fica irreconhecível até para ele mesmo.
E o homem viver com o eu dele desconhecido, faz com que ele tenha atitudes bruscas e irreconhecíveis, numa completa insanidade social, num completo esvaziamento do que é tão pleno na vida do ser humano, que busca sempre viver do que é suficiente.

Nós precisamos do que é suficiente.
O homem precisa, necessita de maneira intensa do que Deus determinou para a sua vida, que é o suficiente. Pois, Deus sabia exatamente onde o homem poderia sair da sua presença e fugir da sua suficiência; entrar, de modo ganancioso na insatisfação de tudo e de todos. E até numa insatisfação própria.
Por isso, Deus criou o homem com tudo que pudesse ser suficiente para a sua vida.
Entretanto, o homem acabou fugindo desta suficiência divina; passando desesperadamente, a viver numa corrida absurda por coisas vãs, o tesouro deste mundo.
Quando o homem sai da suficiência divina, tudo que ele busca e conquista, sempre será insuficiente.
Quando Deus disse aos filhos de Israel, no deserto, que iria enviar o alimento diário, o maná; e seria para cada dia, eles colherem o que lhes fosse suficiente, muitos não obedeceram e colheram mais do que era necessário.
No outro dia, o maná a mais que pegaram, estava com bichos.
Este fato do maná diário para o povo, sendo que apenas no sexto dia, eles deveriam pegar uma quantidade a mais, porque no sétimo dia, era o dia do descanso, e a partir daí não teriam maná para colher, o Senhor traz uma exortação direta sobre a necessidade do homem aprender a viver, buscando se completar com o que é suficiente (Êx. 16:1-36).
Jesus Cristo, quando estava celebrando a ceia com os seus discípulos, ele poderia ter cortado o pão com a faca. Porém, Ele partiu com as mãos (I Co. 11:24).
Neste ato de Jesus, há uma palavra de ensinamento para todos nós, que é a comunhão uns com os outros.
A partir deste ato de Jesus, que nos ensina a ter uma vida de comunhão uns com os outros, vemos aí que o que é suficiente é viver sem a vergonha de ser feliz, revelando vida em Cristo, amando e respeitando o próximo. Procurando ser útil em tudo que puder fazer, para que o próximo viva bem.
Isso é o que vale.
Isso é o que importa.
Isso é o que basta.
Isso é o que satisfaz.
Isso é o que é suficiente. Pois é disso que nós precisamos.
Nós precisamos do que é suficiente.



Tenha uma vida do que é suficiente.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

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