sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Como esperar, diante das circunstâncias que parecem não revelar esperança.

“Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.”
Lm. 3:21.

O profeta Jeremias foi uma voz de esperança, durante o período triste da história de Judá, quando foi invadida e devastada pelo Rei da Babilônia, que além de destruir os muros e queimar o templo, ainda levou consigo os melhores e mais produtivos cidadãos de Judá.
O cenário é o mais catastrófico possível.
As cenas de horror e de desolação, saltam a vista do profeta, que acompanhou tudo de perto.
No livro de II Reis, no capítulo 25, temos um pouco do pano de fundo desta invasão.
O livro é um poema sombrio, de um coração dilacerado pela dor.
Não bastasse o que havia acontecido com seu povo, com ele,  o profeta Jeremias, a vida tinha sido dura.
Rejeitado durante todo o seu ministério, viveu sob à sombra de ameaças de morte o tempo todo, viveu boa parte da vida dentro de um calabouço frio, sombrio e úmido.
O livro de Lamentações são cinco capítulos, divididos em vinte e dois versículos, cada um deles, começando com uma letra do alfabeto hebraico. Apenas excetuando o capítulo três. 
A tradição diz, que os judeus anualmente liam este livro no mês de julho; e choravam juntos, a queda de Jerusalém. Talvez a pergunta que nos sobrevêm seja: O que é que eu posso aprender com todos estes lamentos?
Engana-se quem pensa que este livro traz uma mensagem triste.
O livro de Lamentações, é na verdade, um bálsamo para as nossas vidas.
Este livro traz uma mensagem extremamente útil, porque quando menos esperamos, as estações das nossas vidas mudam, a noite e as tempestades nos alcançam.
Os cenários mudam.
De uma hora para outra o telefone toca, trazendo uma notícia que nos desestabiliza. E assim, os nossos maiores medos nos sobrevêm.
Olhamos à nossa volta e não há nada em que podemos agarrar, não há remédios para a nossa dor, não há recursos que nos tragam esperança.
Nestes momentos, o dinheiro, a fama, os títulos, a ciência, com todo o seu ceticismo, não podem nos confortar.

O que fazer para ter esperança, em um cenário de desesperança?

Este livro tinha tudo para ser frustrante, até pelo título, por ser um lamento.
Entretanto, o profeta Jeremias nos ensina, que é possível ter um coração cheio de esperança, em um cenário de desolação.
Nos Capítulos 1 e 2, ele nos dá uma idéia do cenário que está contemplando (seu presente). 
No capitulo 3, ele se lembra de sua vida sofrida (passado).
O resultado disto está no versículo 18: “Então disse eu: Já pereceu a minha força, como também a minha esperança no Senhor".

Muitos de nós estamos assim, olhamos para as circunstâncias, para o passado e isto nos angustia, tira de nós as forças e a esperança de continuar.
Mas, é exatamente aí, que o Senhor traz o ânimo para ele, a ponto dele enfatizar, no versículo 21, eliminando, pelo fortalecimento divino, com qualquer dor do passado, trazendo à memória o que pode lhe dar esperança. 
Aprendemos com isso, que as circunstâncias vividas, por mais bruscas que possam aparentar ser, precisam ser vistas como grandes contribuintes para o bem (Rm. 8:28).
Nada acontece por acaso.
Nada é fruto de uma simples coincidência. 
Nada foge ao controle do nosso Deus, o Todo-poderoso. 
Ainda que tudo pareça trazer um cenário tão sem tom verde, sem esperança, que possamos ver o bem do Senhor, a vitória, trazendo à memória, pois temos a mente de Cristo (I Co. 2:16), o que pode e deve nos dar a esperança. 

Que nada nem ninguém nos impeça de ter esperança. 

Que saibamos entender que tudo que acontece nas nossas vidas, sempre é para o nosso bem. 

Que saibamos entender a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para as nossas vidas. Pois, sempre Deus é bom em todo o tempo. Em todo o tempo Deus é bom. 

Que tenhamos apenas a esperança no Senhor.


Aquele Abraço Águia!

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