terça-feira, 3 de junho de 2014
Farinha pouca, meu pirão primeiro.
Não detenhas o bem.
Pv. 3:27.
Existem frases coloquiais da nossa terra, que expressam um sentimento regional bem pitoresco.
Assim sendo, certas frases ou falas muito comuns no nordeste, são completamente desconhecidas por outras regiões do país. E assim acontece sucessivamente, de uma região pra outra, de um estado pra outro e até de uma cidade pra outra, consecutivamente.
Por causa destas diversas frases, falas, sotaques, comidas típicas, existe uma colocação até um pouco crítica, dizendo que no Brasil, há diversos "brasis".
Dentro de tantas frases coloquiais, há uma frase muito usada na região nordeste, que acabou se tornando comum nas outras regiões do país. É a seguinte frase: "Farinha pouca, meu pirão primeiro".
As pessoas costumam levar bastante esta frase na brincadeira, porque ela tem uma colocação normalmente muito engraçada. Entretanto, quando entramos com profundidade na interpretação de todo o significado desta frase, podemos perceber que ela está colocando o termo na 1° pessoa do pronome possessivo, "meu", registrado na segunda parte da frase, que é o "meu pirão primeiro". Assim sendo, a frase simplesmente trata de alguém muito egoísta, que só se envolve em situações vantajosas, e só se aproxima de quem possa lhe dar bastante regalia, além de lhe conceder um imenso lucro.
O que fica conotado, é que além de passar a feiura de seu significado, esta frase coloca, de modo muito direto, um sentimento frio, possessivo, egoísta e calculista demais, para quem se identifica com ela.
E o pior desta frase, é que por ficar sendo colocada como um termo completamente despretensioso e engraçado, passa a ser um registro para muitas pessoas, que sequer têm a noção grave e ruim que se posicionam.
Assim sendo, é muito desagradável ver um termo regional, levar as pessoas a terem uma identidade tão ruim.
É bastante lamentável!
"Farinha pouca, meu pirão primeiro", é uma frase coloquial, que não deve ser usada por nós, pessoas, filhos de Deus, que vivemos a vida de Deus, conquistada por Jesus Cristo, habitando em nós, através do Espírito Santo.
Este termo foge completamente à proposta da criação divina, que criou cada um de nós, para fazermos o nosso próximo feliz, muito feliz. Pois o homem só consegue ser feliz, fazendo o outro feliz.
Nada pode ser comparavelmente com mais intensidade e maravilhoso, do que amar e amar muito o próximo, procurando fazer o que nos é cabível fazer, para vê-lo bem e feliz.
Nós precisamos entender e viver, cada dia de uma vez, a plenitude de ser, servindo. Pois dizem que quem não vive pra servir, não serve pra viver. Até porque, ninguém foi criado por Deus, para viver isoladamente, longe do contexto de ser útil a alguém.
Assim sendo, mudando completamente esta frase, vamos dizendo que, se a farinha estiver pouca, vamos tentar fazer um pirão, que dê pra dividir o máximo que pudermos, para outros que também, como nós, estão precisando se alimentar. Como foi o caso da bela atitude da viúva de Sarepta, que com a sua "farinha pouca", fez primeiro um alimento para um desconhecido, o profeta Elias. E com esta atitude de obediência à voz profética de Elias, que foi usado por Deus, ela viveu, em seu lar, o milagre da multiplicação da farinha e do azeite (I Rs. 17:8-16).
Se nós agirmos assim, do mesmo modo, estaremos, com este gesto, agradando muito ao Senhor Deus, e só assim a vida sempre estará valendo a pena.
Tenha uma vida sabendo partilhar o seu pão.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!
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