Pra começo de conversa.

Na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
Lc. 2:11.



E pra começo de conversa, apesar de tudo, hoje é um dia especial.
Acima dos quarenta graus no Rio de Janeiro, hoje é um dia especial.
Embora apareça aquela pontinha de frustração, por muitas coisas que criamos tantas expectativas, e acabaram não acontecendo, hoje é um dia especial.
Enfim, por tudo, por todos e para todos, chegou o Natal.
Natal. Tão maravilhoso para alguns, tão injusto para outros.
E pra começo de conversa, a rigor do que é costumeiro, tive de ir correndo ao supermercado, comprar óleo, pra fritar as rabanadas de minha mãe.
Parecia que o mundo estava se acabando, dentro do mercado; e as pessoas absurdamente tensas, numa compulsão indescritível, pra comprarem comida apressadamente, como se tudo fosse acabar.
E pra começo de conversa, é interessante observar, e vale a pena ressaltar, que o Natal não tem mais nada a ver com a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, o Salvador de toda a humanidade.
Natal, hoje em dia, é sinônimo de muitos gastos, a perder de vista, na comida, na bebida, nas roupas e calçados, na renovação dos móveis, eletrodomésticos e eletrônicos, para o lar, e num aparelho celular último tipo, pra impor status e revelar muita ostentação.
Natal, pra quem é assalariado, tem todo um processo de tristeza, porque normalmente este trabalhador não consegue acompanhar o sistema imposto pela sociedade. Além do preconceito que os seus filhos são obrigatoriamente levados a viver. E eu considero esta parte, a pior parte, que é o Natal para estas crianças.
Outro fator muito importante, que se tornou até uma tendência comum e rotineira, é que nesta época de Natal, as pessoas, ficam de modo gentil, numa falsa humildade, tendo alguns, hipocritamente um tal espírito natalino, onde, em tudo que é feito, há sempre uma proposta de interesse, de tirarem algum proveito ou muitos, dentro do que pode ser considerado conveniente.
E aí, é que o homem revela sempre quem é, numa mesquinhez nítida e num egoísmo sórdido, nesta tão linda data de Natal, que é comemorado o nascimento do Salvador, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, Jesus Cristo, o que era, o que é e o que há de vir um dia.

E pra começo de conversa, não é apresentado interesse algum, pelo homem, de buscar alimentar a sua essência, adorando ao Senhor, reconhecendo com louvor, a sua vinda a este mundo, para nascer em cada coração, registrando uma plena comunhão, com a essência divina em sua vida, o Espírito Santo.
Assim sendo, como o homem não alimenta a sua essência com Deus, fica um vazio nele, e aí ele passa a sentir a necessidade de preencher este vazio com outras coisas.
É aí, que numa época como esta, de Natal, que surge esta compulsividade absurda, de comprar e comprar, gastar o que pode e o que não pode, para preencher o seu vazio, sem Jesus Cristo em sua vida.
Ninguém quer admitir, num período como este, de Natal, de que precisa mudar o seu foco, e aceitar o nascimento de Jesus Cristo em sua vida.

E pra começo de conversa, o homem precisa voltar às suas origens, ficar de bem com ele mesmo, com a sua vida, dando muito valor a si mesmo, e a tudo que consegue conquistar, se olhando firme no espelho da sua verdade, para ver bem e reconhecer que não é perfeito, para ficar exigindo perfeição das pessoas. Reconhecendo que nada é, e nada pode fazer sem Jesus Cristo (Jo. 15:5).
Assim sendo, a sua vida mais clara se levantará (Jó 11:17).
Assim, sempre o Natal estará sendo comemorado em sua vida, sem ter a necessidade de coisa alguma, por ter ele a sua vida completada por Jesus Cristo, o Autor e Consumador de sua fé (Hb. 12:2), revelando a vitória que vence o mundo, que é a nossa fé (I Jo. 5:4), tornando-o mais do que vencedor (Rm. 8).

Mais um Natal.
A beleza de Deus é vista, no seu amor infinito, em conceder indistintamente o seu único filho, Jesus Cristo, e dar sem medida a vida eterna.
Por isso, sempre é Natal. Pois, Jesus Cristo nasceu para sempre, no coração de cada um.




Tenha uma vida de Natal.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!