Tempo de paz.
Ec. 3:8.
Diante da velocidade, imposta, na vida nossa de todos os dias, pela necessidade de correr pra lá e pra cá, parece que as pessoas estão minguadas de tempo.
Na compulsividade da falta de tempo, o homem está se esquecendo, ou deixando pra trás, coisas essenciais de sua vida.
E aí surge a frase mais falada por todos nós: Não tenho tempo!
O tempo está cada vez mais aprisionando o homem. E nesta prisão que o homem está, o tempo passou a ser o seu senhor.
E assim sendo, o tempo possui o homem, num contexto totalmente exacerbado de posse, sem que o homem perceba.
E o homem, sendo totalmente escravo do tempo, passa a não se lembrar de coisas importantes, pessoas que ama.
E nesta linha, que se tornou uma rotina, de não ter tempo, o homem acaba se distanciando, sem perceber, das pessoas.
E o filho diz para a sua mãe: Não tenho tempo, para ir lhe visitar, mamãe!
E assim fica a mãe, resignada com a falta de tempo do filho, sozinha.
E o filho diz para o seu pai: Não tenho tempo, para ir lhe visitar, papai!
Diante desta realidade, de falta de tempo do filho, o pai fica resignado, sozinho.
Dentro da falta de tempo, que se tornou algo costumeiro, escravo do tempo, o homem não tem tempo para conversar com o amigo de infância, com o primo ou prima; o homem não tem tempo para visitar os tios, brincar com o filho. E o pior, o homem ficou sem tempo pra Deus.
E Deus, diante da falta de tempo do homem, fica resignado, sozinho?
Deus continua sendo Deus, acima das circunstâncias e independente da falta de tempo que o homem insiste em viver.
A falta de tempo, se tornou uma desculpa, para o homem não se envolver com o próximo. Pois, assim, ele pode continuar a viver a sua vida de umbigo, egoísta.
A falta de tempo, se tornou uma fuga escancarada, mas aos olhos do homem, é apenas uma posição bem discreta, que o deixa na plateia, em relação a todos. Até mesmo a Deus.
Na verdade, a falta de tempo, é o modo mais sutil do homem dizer que não quer saber de ninguém. O que importa mesmo é a sua vida e mais nada.
A falta de tempo, faz o homem ficar descolorido diante de sua própria vida.
A falta de tempo, faz o homem ficar sem graça, diante da graça divina, que o presenteia, a cada dia, com a vida.
A falta de tempo, torna o homem um desconhecido, diante de seus familiares, parentes, amigos e até pra ele mesmo.
Na compulsividade hipócrita e ridícula, do homem só querer viver pra si mesmo, a falta de tempo, o direciona a permanecer numa zona de conforto, estabelecida por ele.
Está mais do que na hora, do homem fazer uma reavaliação do que não está sendo feito, por sua falta de tempo, porque na pressa desenfreada em que ele está, tudo que não era pra ser secundário, acabou se tornando.
Assim sendo, as perdas passaram a ser inevitáveis.
Que o homem possa retomar os seus valores; e passe a dar o devido tempo à família, aos parentes, aos amigos, ao vizinho. E principalmente, que o homem acorde, antes que seja tarde demais, para Deus, priorizando-o, acima de quaisquer coisas ou pessoas.
Que o homem possa ter, em sua vida, a cada momento, um tempo de paz, dando o devido tempo a quem ama. Pois, a vida passa rapidamente e nós voamos (Sl. 90:10).
Tenha uma vida de valor, dando tempo a tudo e a todos.
Que Deus lhe abençoe muitíssimo!
Aquele Abraço!
Nenhum comentário:
Postar um comentário