terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Franqueza.



Nada podemos contra a verdade.
II Co. 13:8.


Algumas pessoas costumam dizer que franqueza demais não é bom, pois espanta e afasta as pessoas que não mantém a mesma fidelidade na franqueza.
Parece que as pessoas fogem da franqueza e muito mais da franqueza demasiada, porque no fundo no fundo, todos querem viver e ter um patamar confortável, onde a farsa, a máscara, o disfarce, vai escondendo a verdade que desperta muito qualquer pessoa, ainda que traga dor.

Tudo na verdade, se torna muito desconexo, quando criamos um mundo somente pra nós mesmos. É aquele mundo impenetrável para as adversidades.
É um mundo bem colorido, com um cenário muito bonito, onde todos são amigos e irmãos. E todos usam roupas brancas, andam em câmera lenta e vivem felizes, tirando a alegria do nada, tendo sempre um sorriso largo e uma simpatia estampada no rosto.

Ninguém vive no mundo de Alice no País das Maravilhas; pois somos e estamos sujeitos a viver todos os ajustes e desajustes da vida, todos os tipos de coisas nesta vida, que vai desde a riqueza, até doenças quaisquer, dores, alegrias, paz, guerra, etc.

Existem limites, fronteiras, muros, que construímos, e por mais que necessitemos derrubá-los, não conseguimos, porque nos acostumamos com a farsa; e gostamos de ficar maquiados, diante das circunstâncias vividas e das pessoas que convivemos.

A partir daí, surge a questão: Pra que sermos verdadeiros, se todos, em sua marca de conveniência, são e continuam sendo o que não são?

A característica de uma pessoa franca, é revelar uma extrema sinceridade, diante de quaisquer fatos e diante de outras pessoas.
Infelizmente, desde sempre, desde que o mundo é mundo, existe a fuga das pessoas em relação aos que são francos, porque ninguém gosta de ouvir a verdade. E ser franco, é dizer a verdade do jeito que deve ser dito, doa a quem doer.

Nos dias de hoje, a franqueza passou a ser substituída por rudez ou frieza.
Assim sendo, ser franco, sincero, verdadeiro, é ser rude, frio, calculista, egoísta, etc.

Tem um buraco à frente do seu próximo, e ele distraidamente não está vendo. A função de quem está vendo é avisar. Porém, para muitos, o melhor é ficar inerte, alheio, mesmo sabendo e vendo o provável tombo que a pessoa irá levar.

A falta de franqueza, é a falta de amor, de sinceridade, é a falta da verdade, é a falta de Jesus.

Em seu ministério público, aqui nesta terra, em todo o tempo, Jesus usou de muita franqueza, principalmente quando o provocavam:

Quando levaram a mulher flagrada em adultério, Ele disse: Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro que atire pedra contra ela (Jo. 8:7).

Quando falou do discípulo que iria traí-lo, disse: Um de vós é um diabo (Jo. 6:70).

Diante do que Pedro disse, que daria a vida por Ele, disse: Tu darás a tua vida por mim? Na verdade, na verdade te digo; não cantará o galo enquanto me não tiveres negado três vezes (Jo. 13:38).

Diante das afrontas absurdas que os escribas e fariseus fizeram com Jesus, Ele não deixou por menos, respondendo no nível que eles mereciam ouvir, dizendo: Raça de víboras, serpentes (Mt. 23:33), hipócritas (Mt. 23:13), condutores cegos (Mt. 23:16), sepulcros caiados (Mt. 23:29).

A franqueza do Senhor Jesus Cristo, chocava e muito a todos, principalmente aos escribas e fariseus, que falsamente, como religiosos, mostravam ser o que não eram, viviam de fachada. Por isso, a ira deles era extrema, diante da franqueza de Jesus, desmascarando-os completamente, derrubando com a estrutura mentirosa que eles viviam.

Ser franco, é ser verdadeiro em extremo.
E ser verdadeiro, é nunca fugir da verdade absoluta, que é Jesus Cristo, vivendo a sua verdade, na caminhada plena da fé.
Assim sendo, passamos a ter vida em abundância (Jo. 10:10), por ser Ele o caminho, e a verdade, e a vida (Jo. 14:6).

Viver na franqueza, é viver verdadeiramente, dentro do maior bem de uma riqueza inestimável da vida, que é viver, viver e viver.

Tenha uma vida de muita franqueza.

E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

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