segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
O sentido sem sentido da posse.
Tudo coopera para o bem.
Rm. 8:28.
É incrível como o sentimento de posse faz valer o emblema do perfil de uma pessoa.
Em geral, toda a luta do homem, envolve sempre um sentido de ter, possuir algo, alguém.
Parece até absurdo, e de alguma forma irônico e em alguns pontos, aparentemente fantasioso, mas não é.
Todos querem ter.
Todos querem possuir.
Todos querem ser donos.
Todos querem ser proprietários.
É interessante salientar uma observação, de que o homem sempre condena o seu próximo, quando percebe nele um sentimento doentio de posse. E na verdade, acaba também vivendo isso. E como subterfúgio, sempre apresenta a posse, como uma desculpa, para vencer os desafios da vida; onde o que vale mesmo é ter, possuir algo ou alguém.
A escravidão já acabou há muitos anos, mas é incrível, como este estigma de escravo continua, quando o homem apresenta este sentimento de posse, de ser o dono de alguém.
O "meu", "minha", são pronomes possessivos tão comumente usados pelo homem, que, embora ele não perceba isso, estes pronomes possessivos se transformaram num deus.
É muito forte ter de dizer isso, mas o deus da possessividade, está cada vez mais tomando lugar espaçoso na vida do homem.
É importante que o homem reflita, sobre o "meu", "minha", que existe bem um deus neles.
Este deus procura imperar em tudo que o homem vive no seu dia a dia, no sentido de simplesmente dominar toda a sua vida.
Assim sendo, vivendo o deus "meu", "minha", o homem é possuidor; e em seguida, passa a ser possuído.
O mais interessante e aberrante, é que o homem nem percebe que está sob o domínio deste deus, porque a rigor, parece tudo muito normal pra ele. E o que ele quer é lutar, e lutar muito, pra conquistar certas coisas na vida. E a partir desta conquista, ele passar a ser o dono, possuindo determinada coisa.
Entretanto, todo o processo que o homem caminha, até conseguir ter o que anseia, o conduz a uma alienação sem fim.
É o tudo ou nada.
E aí, dentro de um ou mais objetivos, onde não existe sentimento algum, porque o que importa é possuir, ter, ser dono, o homem fica um egoísta em extremo.
Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
II Pe. 2:19.
Não estais estreitados em nós; mas estais estreitados nos vossos próprios afetos.
II Co. 6:12.
Quando o homem fica limitado pelos seus próprios sentimentos de posse, preso aos bens materiais, acaba se tornando um escravo, servindo ao deus da possessividade. O que o distancia cada vez mais do que é santo, do que é divino.
Assim sendo, seus valores são unicamente vinculados ao deus deste século (II Co. 4:4), com posse de uma ou mais coisas, que o destaque em relação a tudo e a todos.
Eis, alguns dos valores, do deus da possessividade:
- Meu carro.
- Meu emprego.
- Meu salário.
- Minha riqueza.
- Minha conta bancária.
- Minha casa.
- Minha bicicleta.
- Meu notebook.
- Minha caneta.
- Minha caneca.
- Minhas panelas.
- Minha cama.
- Meu quarto.
- Meu I Phone. E outros meus, minhas.
Para que a vida do homem, tome um rumo de vida com vida, em Cristo Jesus, é mais do que necessário, que haja nele a libertação deste deus da possessividade, que o impede de ter uma perfeita e intensa comunhão com o Senhor Deus.
Para que assim, em sua vida não exista mais o "meu", "minha". E assim, ele viva, simplesmente, uma vida viva.
Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
Mt. 6:19-21.
Tenha uma vida livre em Cristo.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!
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