sábado, 29 de agosto de 2015

O que é a verdade de Deus?


Eu sou a verdade.
Jo. 14:6.



Hoje o dia está chuvoso.
Sempre, num dia de chuva, parece que tudo é diferenciado. Pois, muita coisa se alonga demais, se atrasa ou se antecipa aos nossos olhos.
A chuva fina, que é tipicamente uma chuva serôdia, antecipa a boa colheita.
E esta é a realidade de vida, que circunda quem vive, sabendo em quem crê.
Mesmo que o homem nem sempre consiga entender, nem aceitar certas coisas que aconteçam em sua vida, para tudo existe um tempo determinado por Deus para a definição da vitória; e também um propósito divino para fazer valer a pena a conquista.
Talvez tudo fique muito confuso, talvez tudo pareça que não vai chegar a lugar algum, talvez o homem fique apenas no talvez. Porém, Deus é plenamente justo em tudo que permite que aconteça, na vida de quem é filho dele.
E assim, no vai e vem da vida, algumas vezes o homem engatinha, outras vezes ele caminha, e de repente ele corre, com muita pressa de chegar.

O que faz o homem engatinhar?
Dentro da realidade da vida de todos os dias, o homem se frustra, se decepciona, recua, perde, chora. Enfim, diante do que não é esperado, o homem fica sem capacidade de reação. E a partir desta total impotência, o homem fica desvanecido, sem condições alguma para poder continuar.
O homem engatinha, porque nem sempre ele consegue sair do lugar, depois de tantas surpresas desagradáveis que ele passa na vida.
O homem engatinha, com muito medo de tudo, porque pra ele o sonho acabou. Pra ele não há mais chance alguma de mudanças pra melhor, não há mais, nunca mais, chance de retorno.
Assim sendo, ele fica vivendo por viver, tentando o nada versus nada, tendo atitudes resignadoras, com a intenção do tanto faz como do tanto fez, sem saber o que fazer.

O que faz o homem caminhar?
Jesus Cristo é o caminho (Jo. 14:6).
Portanto, não dá pra fazer atalhos.
Jesus Cristo é o caminho. Por isso, existe a necessidade de nos conscientizarmos que não dá pra parar, porque a ordem única da vida é continuar. Pois a vida não tem parada. A vida continua e continua.
Jesus Cristo é o caminho. Por isso, a verdade de Deus, que é a sua boa, agradável e perfeita vontade (Rm. 12:2), se converge em Cristo.

O que faz o homem correr?
A esperança no Senhor, faz o homem correr sem sentir fadiga alguma (Is. 40:31).
Assim sendo, crendo em esperança contra a esperança (Rm. 4:18), o homem vai tendo a honra divina, com um fim bom (Pv. 23:18). E na esperança, que é o ápice da fé, o homem obtém a plena certeza de que Deus é fiel, cumprindo tudo que prometeu (Hb. 10:23).

Dentro da realidade vivida a cada dia, quando o Senhor diz não temas (Is. 41:10), Ele garante que não existe o medo, porque a graça dele basta (II Co. 12:9) em nossas vidas.
Quando o Senhor diz que nós somos mais do que vencedores (Rm. 8:37), Ele garante que jamais iremos perder, porque a peleja é dele; e Ele nos fará vitoriosos em todo o tempo.
Quando o Senhor diz que todas as coisas contribuem para o bem (Rm. 8:28), Ele garante que nada acontece por acaso. E tudo que passamos na vida nossa de todos os dias, vai nos moldando e mudando, para o que Ele tem preparado de melhor para nós.
Quando o Senhor diz que está conosco (Sl. 46:11), Ele garante que jamais nos deixará só (Mt. 28:20).
Quando o Senhor diz que não existe impossível (Lc. 1:37), Ele garante que tem todo o poder no céu e na terra (Mt. 28:18).
E diante disso, temos a plenitude da eternidade, em Jesus Cristo, a verdade de Deus, descansando nele, que faz acontecer milagre sempre, para sempre.



Tenha uma vida de verdade.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

Daqui em diante.


Quem pode entender os próprios erros?
Sl. 19:12.



Daqui em diante.
Nós temos o costume de querer definir rapidamente as coisas, com os nossos próprios recursos, achando que com isso poderemos chegar onde pretendemos chegar, sem interferência alguma.
Entretanto, nem sempre as coisas acontecem como nós planejamos ou achamos que devem acontecer.
É interessante observar que nós até insistimos muitas vezes mudar, insistimos recorrer e recorremos a outros recursos. Porém, quando estas insistências de mudanças dão em nada, o cansaço de tentativas surge.
E diante deste extremo cansaço, logo se instala a vontade de parar. E esta vontade prevalece e é estabelecida, porque facilmente nos cansamos de tudo e de todos, principalmente quando não obtemos os resultados esperados.
E aí, diante de tudo, paramos e paramos mesmo.
Apesar da ordem natural humana ser para seguirmos em frente; o nosso próprio corpo ter sido criado, com características naturais, para seguirmos em frente, numa tendência totalmente inclinada à desobediência, continuamos parados.
Apesar de até Deus colocar que precisamos seguir adiante, porque esta é a sua ordem, nós também, por uma inclinação tendenciosa de desobediência, queremos continuar parados.
Muitas vezes, queremos sempre nos justificar, como se isso fosse resolver alguma coisa.

Daqui em diante.
Parece que estamos sempre tentando mudanças. E diante das surpresas adversas, a nossa tendência é desistir, parando, mostrando uma resignação, até certo ponto, hipócrita.
Parece que estamos sempre querendo zerar tudo e recomeçar. Porém, começar de novo é muito difícil, por causa do cansaço que passamos a ter, devido ao que vivenciamos de decepção.
Temos uma alma manhosa adâmica. E sempre procuramos nos ajustar a uma zona de conforto, para nada nos incomodar.
Parece que nos inclinamos ao que é errado, quando queremos acertar.
Parece que o que é errado passou a ser o certo.
Quem pode entender os próprios erros? (Sl. 19:12).
Parece, aos nossos olhos, que Deus se esqueceu de nós.
Parece, porque estamos sempre a mercê de viver, nos atuais dias, do que é aparente. E viver do que é aparente, é muito ruim e arriscado, porque a vida nossa de todos os dias, passa a ser um disfarce, uma mentira.
E o que fazer com a vontade de parar, querer parar e ter de continuar?
Nós guerreamos constantemente, com várias tendências que temos naturalmente, pra parar, não fazer, dentro de um contexto de obediência ao Senhor Deus, do que devemos fazer, e do que precisamos fazer.
É muito difícil estar no cerne da boa, agradável e perfeita vontade de Deus, dentro de uma atitude voluntária, sem o auxílio do Senhor, por intermédio do Espírito Santo.
Somente por Ele e para Ele são todas as coisas (Rm. 11:36).
Por isso, quando queremos fazer o bem e não fazemos, quando guerreamos contra o que é bom para as nossas vidas, precisamos melhorar (Rm. 7:15-25). E só conseguiremos melhorar, chegando ao patamar maior de agradarmos a Deus (Sl. 37:4), se conseguirmos imitar a Cristo (I Co. 11:1), sendo santos em toda a maneira que vivermos (I Pe. 1:15).
É difícil?
Sim, é muito difícil, se tentarmos sozinhos. Jamais conseguiremos.
Entretanto, tudo será muito simples e fácil, se entranharmos em nossas vidas a graça divina, que nos sustenta, nos ajuda a vencer, nos mantém de pé, nos faz viver em continuidade, eliminando de nossas vidas a descontinuidade.
Enfim, a graça divina simplesmente nos basta (II Co. 12:9).



Tenha uma vida nova em Cristo.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

domingo, 23 de agosto de 2015

Na questão da lógica.


Quem está em Cristo, nova criatura é.
II Co. 5:17.



É interessante observar, que vivemos num mundo atual tão cheio de percepções, onde as pessoas estão mais aguçadas ao senso formado. E dentro deste senso, não admitem mudanças, ainda que estas mudanças possam lhe trazer tantos benefícios.
Entretanto, nunca, em momento algum da vida nossa de todos os dias, foi vivido pelas pessoas uma rotina tão cheia de imprevistos, num mundo tão conturbado. E do pouco que pode ser visto, é que as pessoas, estão cada vez mais vivendo o mundo da distração, o mundo da solidão, o mundo do jeitinho, o mundo dos medos, o mundo da desconfiança e o mundo do tanto faz como tanto fez.
E a partir daí, na questão da lógica, não cabe lógica alguma, porque simplesmente o homem tem sido o principal portador de tudo que vive, como consequência de suas escolhas, que normalmente definem como será a sua vida.
A rigor dos ditames, parece que tudo é uma questão de lógica a seguir.

A palavra lógica, tem como definição, as seguintes classificações:

É uma disciplina normativa, vinculada de modo até certo ponto tradicional, à filosofia, que se propõe determinar as condições da verdade, nos diferentes domínios do saber.

É uma análise do pensamento válido, estudo e determinação dos modos de pensamento discursivo, que permitem evitar as contradições e os erros.

É uma obra ou compêndio, que sistematiza tal disciplina, teoria ou estudo.

É o encadeamento regular ou coerente das ideias e das coisas; coerência, método.


Existem dois tipos de lógicas:

Existe a lógica bivalente, que é a lógica, que apenas conhece dois valores: O verdadeiro e o não verdadeiro.

Existe a lógica plurivalente ou polivalente, que reconhecem mais de dois valores, habitualmente três: O verdadeiro, o falso e o indeterminado.

Assim sendo, na questão da lógica, o homem procura, nos diversos mundos que cria em sua mente, algo que fantasiosamente ele passe a acreditar que será, de modo extraordinário, o seu mundo melhor e maravilhoso.
E por causa desta crença enganosa, ele passa a viver subjetivamente, gerando desculpas para tudo que realiza e não dá certo em sua vida, porque o seu mundo melhor e maravilhoso irá chegar.
Entretanto, na realidade nua e crua que o homem vive, quanto mais ele tenta viver na questão da lógica que ele criou e estabeleceu como o correto, mais ele vai se afastando dele mesmo, dentro da sua verdade única e insubstituível.
O que o homem nunca imagina, é que ele jamais conseguirá ser feliz, com estes diversos mundos que ele criou; e ainda deixa em reticências, outros mundos a serem criados, diante de cada necessidade e desafios apresentados, para ele enfrentar todos os dias e vencer.

Não existe nem existirá jamais, na vida do homem, outro bem maior que possa preencher todas as lacunas, curar todas as feridas e completá-lo plenamente, do que Jesus Cristo.
E ele precisa admitir e assumir que necessita pra ontem do plano salvador de Jesus Cristo. Pois, amanhã poderá ser muito tarde, e poderá não dar tempo dele adquirir, na questão da lógica divina, que é completamente ilógica.

Na questão da lógica do Senhor Deus, que parece loucura, tudo que revela ser tão vantajoso e repleto de um final maravilhoso, pode ser apenas o início de uma grande luta, onde o Espírito Santo vai moldando e mudando o homem, em tudo que é necessário, para que seja definido em sua vida, de modo definitivo, a inigualável e indescritível vontade divina, que é boa, agradável e perfeita (Rm. 12:2).
O grande problema da vontade de Deus, é o homem conseguir entendê-la. Principalmente, quando tudo que vive diz que não; e não há vestígio algum de vitória.
Entretanto, Deus é Deus bastante, para ir muito além do que as falhas e questões, e mundos falsos que o homem costuma apresentar.
Portanto, acima das circunstâncias, seja como for ou da maneira pior que possa acontecer, o mais importante é que o homem mantenha o foco de sua fé. E por este foco, ele jamais venha a se distrair. Pois, a sua distração, poderá levá-lo ao fim de tudo que concerne à vida eterna com Jesus.

Na questão da lógica de Deus, o que importa é que a alma do homem não se perca. Por isso, Ele investe de todos os modos, para que o homem o encontre definitivamente; e siga com Ele, passos firmes e seguros, rumo ao reino celestial.

E apesar de tudo ser muito fora da lógica, Deus sempre irá se utilizar de meios próprios, na questão da lógica dele, para que o homem viva para sempre com Ele.



Tenha uma vida de lógica.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

sábado, 22 de agosto de 2015

Nós estamos ou nós somos.


O que eu faço não o sabes tu agora, mas tu o saberás depois.
Jo. 13:7.



Nós estamos ou nós somos.
Nós estamos todos a mercê da era da informação, onde a comunicação tem sido a portadora de tudo de vantajoso, para proporcionar mais facilidades, diante das nossas buscas e descobertas, na vida nossa de todos os dias.
Enquanto estamos, não somos, e assim, vice-versa.
E o que está acontecendo conosco, em plena época desenfreada da tecnologia, cada vez maior, num processo crescente e surpreendente, é uma total abertura para o conhecimento dinâmico, na corrida acelerada para o desvendamento dos mistérios que se apresentam. E apesar de tentar, a ciência não consegue descobrir e resolver tudo. Muito embora a ciência tenha se multiplicado (Dn. 12:4); mas tem limites.
E tudo acaba ficando no campo das reticências, porque a era da informação, se tornou também a era da confusão, onde a linguagem da comunicação entre as pessoas, está cada vez mais diminuta, porque nós sabemos muito sobre o como, mas pouco sabemos sobre o por quê. E aí, caminhamos no campo delicado do perigoso mundo da curiosidade e da ansiedade, porque queremos saber o motivo, a razão de tudo que nos acontece e também o que acontece ao nosso redor, e na vida dos outros.
Queremos as respostas, por isso questionamos.
Precisamos de respostas, por isso criamos milhões de perguntas.
Não sabemos até quando vamos continuar perguntando, ou até que ponto iremos chegar com quantas perguntas.
Não sabemos até quando vamos continuar perguntando; ou até que ponto iremos chegar com tantos argumentos infundados, para gerar mais perguntas.
Uma coisa é certa, diante de tantas dúvidas e incertezas que surgem, de maneira galopante em nossa rotina de vida, que é sabermos que um dia tudo será definido.
E num tempo determinado de um dia chamado hoje (Hb. 3:13), nunca de um dia chamado ontem, ou de um dia chamado amanhã, estaremos vivendo, de modo regalado e sublime, o privilégio que temos, que é o de sermos filhos de Deus.

Nós estamos ou nós somos.
O verbo estar, apresenta transitoriedade, o verbo estar revela que tudo é passageiro, breve, rápido. E é sempre aplicado em situações que a rigor, nunca se tornarão ou se transformarão, em algo permanentemente estabelecido, porque estar é transitório. E o que é transitório, passageiro, jamais permanece.
Portanto, o que nos conduz ao estar, nos coloca numa desvantagem, até certo ponto irreversível, porque tudo que envolve o verbo estar acaba, finaliza, não tem jamais volta, não tem retorno. Pois, quando nós estamos, nós revelamos o quanto somos passageiros, efêmeros, e finitos.
O verbo ser, revela algo que nós buscamos dentro de nossa essência. E é um termo completamente definitivo.
O que somos, conseguimos entrar na dimensão maior do que Deus tem para cada um de nós.
Quando Deus se apresenta diante de Moisés, convocando-o a voltar ao Egito, para resgatar o seu povo da escravidão de Faraó, com uma idade avançada, tido como ultrapassado, pois tinha oitenta anos, Ele simplesmente refutou a Moisés, diante de tantas desculpas que lhe foram apresentadas por ele, dizendo, que Ele, O Grande Eu Sou, o estava enviando ao povo de Israel, para uma total libertação de quatrocentos e trinta anos de escravidão do Egito (Êx. 3:14).
Quando temos a convicção do que somos e da importância que temos, em todos os aspectos da vida, que Deus nos deu para vivermos, tudo torna-se amplificado e simplesmente simples para o nosso bem, porque na verdade, todas as coisas contribuem juntamente para o nosso bem (Rm. 8:28), ainda que tudo aparentemente seja tão contraditório ao que desejamos, ou sonhamos conquistar.

Nós estamos ou nós somos.
Na verdade, o que nós estamos, nos fragiliza, por ser passageiro, e efêmero, trazendo muitas dúvidas, incertezas, diante dos desafios espantosos e absurdos, que temos de viver no dia a dia.
O que nós estamos, acaba também nos trazendo insegurança e medos, pois nenhum de nós foi criado, para viver no impasse de circunstâncias amorfas.
A ideia geral do que nós estamos, conduz a vida nossa de todos os dias, a muitas outras situações que não acrescentam coisa alguma. Tornando-se muito difícil, qualquer objetividade e garantia do que traz o nós estamos.
E o que nós somos, ultrapassa o que é superficial do que temos; e sucumbe de modo definitivo com o que estamos. Pois, o que nós somos, sempre irá revelar de modo profundo a nossa essência, de maneira singela, onde nada pode ser mais importante do que o que nós somos revela, que é o nosso sentimento de adoração, que é a nossa resposta de amor, ao infinito e indescritível amor de Deus.
Quem nós somos, não precisa de máscaras, verniz, maquiagem ou disfarces.
Quem nós somos, é visto profundamente somente pelo Senhor Deus, que nos sonda e nos conhece. E conhece o nosso sentar e levantar, e de longe entende o nosso pensamento (Sl. 139:1-2).
Quem nós somos, na essência criada por Deus, para que esta essência inicie nos buscando a cada dia, por intermédio do Espírito Santo, é necessário admitirmos e assumirmos quem nós somos, em todos os momentos, sem titubearmos.
E a partir deste encontro, o que mais é importante, é construído em cada um de nós. E sem que ao menos percebamos, passamos a viver do que somos, não abrindo mão jamais disso, para sempre ter do Senhor Deus, o respaldo do que somos, que por causa da aliança estabelecida entre Deus e cada um de nós, tudo passa a ser cumprido, porque Deus é fiel em tudo que promete (Hb. 10:23), vendo e proporcionando a quem é obediente, o melhor desta terra (Is. 1:19), na vida que Ele nos deu para vivermos, nos concedendo e fazendo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera (Ef. 3:20).
Assim sendo, entre estar e ser, não há o que questionar para decidir, que o melhor da vida é ser, porque ser é para sempre, é eterno.
E o estar não acrescenta, atrofia o que tem uma tendência a ser estabelecido, porque estar é passageiro, é transitório, se acaba.
Jesus Cristo é o caminho, e a verdade, e a vida (Jo. 14:6).
Jesus Cristo é a porta (Jo. 10:9).
Jesus Cristo é a luz do mundo (Jo. 8:12).
Jesus Cristo é o pão da vida (Jo. 6:48).
Jesus Cristo é a água da vida (Jo. 4:13).
Jesus Cristo é o princípio e o fim (Ap. 1:8).
Jesus Cristo é o Alfa e o ômega (Ap. 1:8).
Jesus Cristo é. E por ser, não há mais nada definitivo do que Ele é: Eterno.
E tendo o Senhor Jesus Cristo se eternizado em nós, por intermédio do Espírito Santo, passamos a ter uma novidade de vida (Rm. 6:4).
E sendo Jesus Cristo eterno, nos confere de modo definitivo também a eternidade, fazendo-nos eternos nele.
Portanto, diante do que é ser, e isto é estabelecido pelo Eterno, nós somos sempre, para sempre, mais do que vencedores (Rm. 8:37.



Tenha uma vida de sempre ser.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

E a gente perde.


E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo.
Fp. 3:8.



E a gente perde.
Como entender e explicar, que a partir do momento que a gente nasce, a gente já começa a perder?
O homem, em sua essência, tem uma tendência natural de focar apenas para a sua vida, sempre, em todo o tempo, vitória.
Ninguém gosta de viver uma situação, já contando que irá perder. Pois, perder é algo muito ruim.
Por isso, o homem não admite sequer pensar em perder.
O homem quer vencer sempre. E por causa deste querer, ele investe todas as suas forças, lutando muito, numa crescente desenfreada, para vencer.
O homem não pode parar.
O homem não pode desistir.
O homem não pode perder.
O homem não pode recuar.
O homem não pode olhar para trás.
O homem não pode não poder.
O homem precisa manter firme o seu olhar, no que ele vitoriosamente irá conquistar.
Dentro da realidade humana, tudo que o homem busca fazer e realizar, é para alcançar o pódio. O homem quer sempre estar, chegar e ficar em primeiro lugar.
Diante de tantas circunstâncias completamente desconexas com tudo que o homem quer ganhar, conquistar, o que ele acaba fazendo é caminhando na contramão dos seus princípios; coordenando formas, jeitinhos, para conseguir ajustar o que ele quer que aconteça.
Entretanto, muitas vezes, o que ocorre é uma avalanche de coisas, imprevistos e mais imprevistos, que no fundo não são imprevistos, mas sim a vontade de Deus, por trás das cortinas, tornando as circunstâncias ainda mais difíceis.
Tudo isso, porque o homem, em sua autossuficiência, quer e acha que pode fazer e acontecer na sua vida, como se pudesse reger com muita audácia tudo que acha, tudo que deseja e anseia viver.

E a gente perde.
E a gente perde, quando pensa que está ganhando.
E a partir daí, a gente não consegue entender.
E a partir daí, a gente não consegue explicar.
E por essas e outras, a gente perde, sem querer perder.
E a gente tenta, para fazer acontecer o que tem de ser, o que a gente quer.
E nem sempre o que precisa ser feito para que tudo aconteça, acontece na prática.
E diante de tantas expectativas frustradas, a gente vê que a derrota é que acontece.
E o que fazer, diante da derrota, tão nítida e tão presente?
E a gente simplesmente não quer aceitar a derrota. Porém, a gente perde sempre, tentando ganhar; pois, no vai e vem da vida de todos os dias, existe uma constante renhida de ganhos e perdas.
E muitas vezes, não há como retroceder. E aí, a gente não pode parar, não dá para parar, não há como parar.
E a gente perde, mas precisa continuar, porque a vida continua. E o ritmo que a gente adquire na vida de todos os dias, é que a gente precisa saber viver.
Entretanto, como é que a gente vai saber viver, se a gente não aprender?
E o aprendizado que a gente passa a ter, nunca é quando a gente vence, mas sim quando a gente perde.

E a gente perde.
E a gente se acostuma a buscar formas, regras, que possam, de modo completo, satisfazer ao ego. E nessa busca do ego pelo ego, a gente vai criando um deus próprio, sem imaginar ao menos que este deus próprio, irá se transformar num inimigo ferrenho, e vai tentar, de todas as maneiras, destruir aquilo que há de mais belo, que é a essência que a gente tem de adorador ao Deus trino.
E a gente perde, quando pensa que está dominando todas as situações e tudo ao redor, inclusive as próprias emoções, na doce ilusão de que se a gente está na chuva é pra se molhar.
E a gente perde o amigo, que no fundo nunca foi amigo.
E a gente perde o pai e a mãe, que por causa das circunstâncias naturais da vida, se vão pra nunca mais voltar.
E a gente perde o irmão, a irmã, que se vão antes da gente.
E a gente perde o tio, a tia, o avô e a avó, que foram tão importantes na infância e no crescimento que a gente viveu.
E a gente perde o primo, a prima, o vizinho.
E a gente perde o inimigo, que por ser inimigo, sempre trouxe muito incentivo, com a sua inimizade e as suas críticas no dia a dia da vida da gente.
E a gente perde o emprego, o ônibus, o trem e o metrô.
E a gente perde o filme que ganhou o "Oscar" de melhor filme.
E a gente perde o direito de ser feliz, ao lado de quem ama, porque simplesmente a gente brinca demais, no momento que não era pra brincar.
E a gente perde um curso muito importante, por questões banais. Um curso que poderia mudar o rumo de tudo pra melhor.
E a gente perde o direito de coisas imprescindíveis, por não ter sabido reivindicar o que era direito da gente.
E a gente perde o que era devido, porque a vida é rápida, e muitas coisas não esperam, porque o tempo não para.
E a gente perde uma oportunidade de ouro, por tanta imaturidade; achando que outras oportunidades iguais ou melhores poderão surgir. E no entanto, não é isto que ocorre.
E a gente perde, por fazer escolhas erradas.
E a gente perde, por decidir precipitadamente.
E a gente perde, por achar que está certo. E com o passar do tempo, a gente descobre que não está.
E a gente perde, por achar que perder é derrota.

E a gente perde, porque perder faz parte da vida.
E a gente perde, porque a vida tem muito dessas coisas.
E a gente perde, na sensação lúdica de querer ganhar.
E a gente perde agora, pra poder ganhar depois.
E a gente perde, porque Moisés perdeu o direito de ser um Faraó, indo aprender por quarenta anos, na terra de Midiã, a ser do jeito que Deus queria que ele fosse (Êx. 3:1-22).
E a gente perde, porque o povo de Israel viveu uma peregrinação de quarenta anos no deserto, experimentando o auge dos milagres (Nm. 14:34).
E a gente perde, porque Davi viveu catorze anos sendo perseguido por Saul, para dar valor a posição maior de ser rei de Israel (II Sm. 5:4).
E a gente perde, porque o profeta Elias fugiu da morte, vivendo uma depressão acentuada, por causa da perseguição de Jezabel. E não experimentou a morte, sendo arrebatado ao céu num redemoinho (II Re.2:11).
E a gente perde, porque Paulo considerou todo o seu conhecimento como perda, por causa de Cristo (Fp. 3:8).
E a gente perde, porque Lázaro morreu, pra depois de quatro dias, ter a sua vida de volta, sendo ressuscitado por Jesus (Jo. 11:1-45).
E a gente perde, porque Jesus Cristo foi crucificado, chegando a ter uma morte vergonhosa, para que ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos. E assim, nos dar o direito de vida eterna com Ele (Jo. 3:16).
E a gente perde, mas na verdade a gente nunca perde, porque sobre todas as coisas, sempre, a gente é mais do que vencedor, por Cristo Jesus, que muito ama a gente (Rm. 8:37).



Tenha uma vida de aprendizado.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Vida de umbigo.


Cristo vive em mim.
Gl. 2:20.



A vida tem o gosto que a gente coloca nela.
Pra muitos, a vida tem gosto de chocolate.
Pra outros, a vida tem gosto de coca-cola.
Pra alguns, a vida tem gosto de pizza.
Pra alguns, a vida tem gosto de saudade, que é um sentimento que aparece por causa do amor.
Saudade é um sentimento sentido por quem ama.
E normalmente, a saudade é uma dor, considerada uma dor gostosa de sentir.
A saudade surge por alguém amado que está distante da gente; e muitas vezes nunca mais a gente volta a ver e conviver.
E ainda existem aqueles que consideram a vida amarga, dura e decepcionante.
Entretanto, o que dizer da vida, que tem e traz apenas uma proposta para todos que vivem, a mercê de tantas esperanças, com sonhos mil, buscando realizar o que desejam, custe o que custar?
Outros têm a vida como uma vida desgostosa, não tem gosto.
Enfim, a vida é mesmo assim. Diante da visão de cada um de nós.
Diante das propostas da vida nossa de cada dia, o que vale ressaltar, é que a vida tem como proposta maior para cada um de nós, que é viver, tendo sempre na busca do que é mais simples, o segredo de ser feliz.
Entretanto, apesar de toda a proposta da vida ser tão simples; e tudo parecer ser tão fácil aparentemente, existe um recurso humano, que acaba sendo um dispositivo para dificultar, o que é aparentemente tão simples, que virou moda nos dias de hoje. Aliás, acabou virando rotina para a maioria das pessoas. E criou-se a célebre frase: Pra que facilitar, se podemos dificultar?
Na verdade, o que fica mais do que notório, evidenciando a completa ausência do amor e do respeito humano entre as pessoas, é que o ser humano assumiu totalmente viver uma vida de umbigo.

Vida de umbigo, é o tipo de vida que a maioria das pessoas está vivendo, de modo intenso e constante.
Vida de umbigo, é uma classificação dada a um tipo de pessoa que vive única e exclusivamente a vida dela, não se importando para o que o seu próximo esteja passando; e nem sequer quer algum envolvimento de participação, procurando se esquivar, pra não ter que causar algum efeito de ajuda.
Vida de umbigo, é uma vida egoísta, de visão totalmente egoísta, onde tudo que importa na vida de quem tem este tipo de vida, é ele e ele só.
Além de haver um sentimento de possessividade desenfreado, numa utilização intensa e constante do pronome possessivo meu e minha.
Vida de umbigo é vida do meu, minha.
É o meu carro.
É a minha casa.
É a minha moto.
É a minha bicicleta.
É o meu emprego.
É a minha profissão.
É a minha posição.
É o meu diploma.
É a minha cor.
É a minha beleza.
É a minha história.
É o meu mundo.
Enfim, uma pessoa que vive uma vida de umbigo, simplesmente não consegue ver ninguém na sua frente, não é capaz de sentir a dor do outro, não quer se envolver com nada que ela possa ter de dispensar do seu precioso tempo, que não seja pra ela mesma.
Uma vida de umbigo, é uma vida que está longe de viver, o mandamento que Jesus ordenou, que foi o de amar ao seu próximo, como se fosse a si mesmo.
É, parece até brincadeira, mas as circunstâncias piores, de uma vida de umbigo, estão sendo vividas no meio do povo de Deus. Pois, uma vida de umbigo, é uma vergonha para o evangelho vivo e eficaz de Jesus Cristo.
Uma vida de umbigo, não procura o que é bom, mas, apenas o que é conveniente.
Uma vida de umbigo, não se importa se o próximo está com fome. O que importa é ele estar bem alimentado.
Uma vida de umbigo, só procura benefício próprio; nunca estendendo a mão para ajudar o seu próximo.
Uma vida de umbigo, nem se importa se o seu próximo está lutando pra vencer. Ele quer ser o tal, comendo quente, cru e passando muito mal.

Muitos têm uma vida doadora, participativa. Porém, devido a alguma frustração, passam, de repente, a ter também uma vida de umbigo, não querendo saber de nada nem de ninguém.
Uma vida de umbigo, é o seu mundo pelo seu mundo, é a sua vida pela sua vida, é simplesmente o tudo versus tudo pra ele, somente pra ele. Enfim, é a mediocridade plena, de quem não sabe o que é realmente a vida linda que Deus concedeu para cada um de nós viver, admitindo e assumindo um sentimento doador, que é o verdadeiro sentido da vida.
O profeta Elias, apesar de ter sido um profeta tão ousado, a ponto de ter desafiado os profetas de Baal e de Asera, no Monte Carmelo, onde clamou ao Senhor Deus, para que fosse enviado do céu fogo, para consumir um holocausto cheio de água, o que de fato aconteceu (I Re. 18:22-46). Um profeta que se destacou por sua intimidade e comunhão com Deus, teve um momento de limite, devido a uma perseguição da rainha Jezabel, que afirmou que iria matá-lo.
A partir deste momento de limite, deprimido, cheio de medo, o profeta Elias, passou a viver uma vida de umbigo, dizendo ao Senhor Deus, que só havia ficado ele como servo. E diante das suas lamúrias, ele não queria mais saber de nada, queria apenas viver pra ele e ele só.
Deus ouviu o profeta Elias, esperou que ele acabasse de reclamar, com sua vida de umbigo, e o interrompeu dizendo que não tinha como ele ficar com a sua vida de umbigo, pois ainda havia muita coisa a ser feita. E além do mais, ele estava equivocado, em relação a ter ficado sozinho; pois ainda havia sete mil que não tinham dobrado os seus joelhos a Baal (I Re. 19:1-21).
Enfim, uma vida de umbigo, não consegue ver além dos limites que a sua vida egoísta coloca.
Todos nós estamos sujeitos a ter e viver uma vida de umbigo.
Até o profeta Elias, num momento de profunda crise existencial, teve uma fuga para uma vida de umbigo.
Cabe a cada um de nós, procurar ver onde estamos nos limitando, repetindo o que não devemos repetir, para não passarmos a ter uma vida de umbigo.
Nós temos uma necessidade desenfreada de viver o que é novo. Por isso, o Apóstolo Paulo diz que temos novidade de vida (Rm. 6:4), estando em Cristo, somos novas criaturas; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (II Co. 5:17). E Jesus Cristo diz: Eis que faço novas todas as coisas (Ap. 21:5).
Portanto, o mais importante é viver, viver e viver uma vida livre em Cristo Jesus. Sabendo que existem outros umbigos, não somente o seu.



Tenha uma vida doadora.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!