domingo, 24 de maio de 2020

A túnica manchada de sangue.

"Então, eles degolaram um bode e ensoparam de sangue a túnica de José.
Em seguida a mandaram entregar ao pai com este recado: Eis o que encontramos! Vê se é ou não a túnica de teu filho.
Jacó a observou e afirmou: Certamente é a túnica de meu filho! Um animal selvagem o esquartejou e o devorou! José foi trucidado!”
Gn. 37:31-33.

Quando Jacó viu a túnica se José manchada de sangue, logo criou uma história de que um animal feroz o havia devorado.
Ninguém havia dito isso. Mas, o imaginário de Jacó criou esta trágica situação.
Na verdade, aconteceu toda essa confusão, para que José fosse ao encontro dos sonhos de Deus para a sua vida.
Ninguém imaginava, nem menos José, que de uma condição tão ruim, um escravo, depois prisioneiro, José fosse se tornar no homem mais poderoso do mundo, sendo o governador de uma nação tão grandiosa, como o Egito naquela época.

Para os seus irmãos, seu pai e todos de sua casa, José estava morto. Porém, a história de José estava apenas começando e tomando um rumo glorioso.
Quando tudo parece que está dando errado, a partir daí, é que tudo começa a dar certo. Pois, nestas circunstâncias adversas, o homem fica completamente impotente, dependente de uma ação miraculosa divina.
E é aí que os sonhos de Deus começam a ser realizados.

Não adianta tentar manchar a túnica de quem tem os sonhos de Deus a realizar.
A soberana vontade divina honra a quem vai ao encontro de seus sonhos. 
Deus é fiel.


Aquele Abraço Águia. 




quarta-feira, 13 de maio de 2020

Não olhar para o chão.

“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra."
Cl. 3:1-2.

A necessidade de estarmos com o olhar buscando o que é do alto, é um princípio bíblico.
Em todo o contexto da palavra, este princípio é visto e encontrado em situações explícitas, como também em declarações e situações condicionadas como simbólicas e implícitas.
Um típico caso simbólico e implícito, é visto no tabernáculo.
Quando Deus orientou a Moisés para a construção do tabernáculo, a ordem foi passada para homens habilidosos, que com capacitação artística e dom divino, construíram um belo tabernáculo. Porém, Deus não ordenou que a tenda fosse feita com beleza no chão.
O tabernáculo era uma tenda móvel. E o chão era o lugar estabelecido, era a própria terra onde o povo parava.
Toda a beleza do tabernáculo era a cobertura, quatro coberturas distintas que compunham aquela tenda.
Um projeto divino com capacitação divina.

Quando alguém entrava no tabernáculo, se quisesse ver algo bonito não podia olhar para o chão, mas olhar pra cima.
Deus fez questão de revelar com isso, que na sua casa a beleza não estaria no chão.
Ele nunca quer os nossos olhos atraídos para o chão, mas quer sempre que os nossos olhos estejam levantados, atraídos para cima.

No Sl. 121:1-2, vemos a necessidade de olharmos para o alto:

"Elevo os meus olhos para os montes: de onde me virá o socorro?
O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra."

A ideia não é olhar para os montes.
A referência dos montes era porque a classificação do olhar deveria ser posta em algo considerado muito alto.
Os montes nos trazem a necessidade de olharmos pra cima.
Levantarmos a nossa visão e olharmos para o alto, é a proposta maior divina.
Os montes são uma forma simbólica, um alerta divino, de que precisamos levantar os olhos e fixá-los no céu.
As coisas terrenas não podem dominar as nossas vidas. Porém, as coisas de cima precisam ser o maior motivo do nosso olhar.

Quem olha pra baixo, olha para o que é terreno, se torna aprisionado às coisas terrenas e efêmeras. E fica inerte ao que é de cima, ao que é do alto. 
Quem olha pra cima, é livre e fica inerte ao que é terreno, porque está vivendo no domínio total do Espírito Santo. 

O centro de gravidade da terra puxa para o chão.
O centro de gravidade do reino dos céus puxa para cima, para o céu.

Que tenhamos o nosso olhar fixado ao que é do alto.

Aquele Abraço Águia. 

sábado, 2 de maio de 2020

Tudo é uma questão de visão.

"Cantai, pois, ao Senhor, um cântico novo e o seu louvor desde a extremidade da terra; vós os que navegais pelo mar, e tudo quanto nele há; vós, ilhas todas, e os vossos habitantes."
Is. 42:10.

Quando observamos da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando pelo mar, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.
O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.
Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco, na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu parecem ter se encontrado.
Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente dirá que já se foi.
Sumiu?
Desapareceu?
Não, certamente. Apenas o perdemos de vista.
O barco continua do mesmo tamanho e seguindo o seu destino, guiado pelo vento.
O barco continua com a mesma capacidade que tinha, quando estava próximo de nós.
O barco continua tão capaz quanto antes, de levar ao porto de destino as cargas recebidas.
O veleiro não evaporou. Porém, a nossa visão não o alcança.
O barco continua o mesmo.

Enquanto a nossa visão não consegue ver o veleiro que cruzou a linha do horizonte, outros estão vendo o veleiro chegando e dizem que o barco está vindo.

A natureza não dá saltos, mas segue um desígnio já determinado por Deus.
Assim, tudo depende da nossa visão.
Para alguns, o veleiro sumiu. Para outros, o veleiro chegou.
O que parece ser o fim, é apenas o começo.

Na nossa vida de todos os dias, somos como um veleiro, guiados pelo vento do Espírito Santo.
Às vezes, nem ao menos percebemos, mas estamos sendo levados ao que para nós foi designado pelo Senhor.
Para muitos, em seu limite de visão, parece que o veleiro desapareceu ou se perdeu.
Porém, tudo é uma questão de visão.
O veleiro está chegando ao porto seguro, que foi determinado por Deus.
Assim, o que parece perdido, revela vitória.

Deus sabe sempre o que faz.
Cabe a cada um de nós entender isso.
Simplesmente.


Aquele Abraço Águia. 

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Apagaram a força do fogo.

"Apagaram a força do fogo."
Hb. 11:34.

Após o profeta Daniel receber do Senhor, o sonho de Nabucodonosor, com a devida interpretação, numa astúcia extremamente soberba, buscando glória pra si mesmo, Nabucodonosor ergue uma estátua de trinta metros, no campo de Dura.
A estátua tinha o seu rosto. O corpo era com todos os detalhes do sonho.
Nabucodonosor deu uma ordem que, diante da estátua, após ouvirem o som dos instrumentos, todos deveriam se prostrar em adoração.
Sadraque, Mesaque e Abednego não obedeceram esta ordem do rei.
Foram chamados por ele, a fim de se explicarem e se corrigirem, prostrando-se diante da estátua.
Eles se mantiveram na mesma posição, não se prostrando.
Havia uma ordem, de ser lançado na fornalha, quem não cumprisse esta ordem.
Nabucodonosor ficou tão irado, que ordenou que aumentasse a potência do fogo sete vezes mais. A ponto de que os que os levaram amarrados para a fornalha, morrerem com o ardor.
Eles foram lançados na fornalha, mas nada lhes aconteceu. A ponto do rei ver um quarto homem com eles, com um rosto semelhante ao dos deuses.
Este fato está registrado em Dn. 3:1-30.

"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a certeza das coisas que se não veem."
Hb. 11:1.

Ter fé é ter certeza.
A fé não livrou Sadraque Mesaque e Abednego da fornalha. Porém, a fé destes homens, apagou a força do fogo, a ponto de não lhes causar dano algum.
A dúvida deforma o cenário da vontade de Deus, na vida de cada um de nós, porque traz oscilação e atrofiamento de tudo que poderia ser maravilhoso.
A fé é a certeza. E a certeza traz a revelação do cenário de uma realidade tão sonhada, que é a vontade de Deus.
A vontade de Deus é boa, agradável e perfeita e sempre prevalece em nossas vidas.
Portanto, ainda que sejamos levados às situações irremediáveis, há uma certeza de que conseguiremos vencer, apagando a força do fogo.
Assim, passando pelo fogo, não nos queimaremos, nem a chama arderá em nós (Is. 43:2), porque temos um Deus que sempre prevalece com a sua vontade, diante das nossas certezas.

Aquele Abraço Águia.

Com o passar do tempo.

"Remindo o tempo."
Ef. 5:16.

Com o passar do tempo, a gente aprende e só quer por perto o que e quem tem valor na caminhada de vida.
Com o passar do tempo, a gente aprende a sentir saudade de momentos felizes e inesquecíveis, ao lado de quem a gente ama.
Com o passar do tempo, a gente aprende a ser mais amigo.
Com o passar do tempo, a gente aprende que só fica o verdadeiro amigo, quando todos se ausentam.
Com o passar do tempo, a gente aprende que a noite fica longa, quando a gente quer que ela passe logo. E o dia fica curto, quando a gente quer que ele seja longo.
Com o passar do tempo, a gente aprende que não basta apenas virar a página, mas fechar o livro, para que uma nova história aconteça.
Com o passar do tempo, a gente aprende que as coisas não acontecem por simplesmente acontecer. Há um propósito em tudo que é vivido.
Com o passar do tempo, a gente aprende que o bom da vida é dar boas gargalhadas.
Com o passar do tempo, a gente aprende que o melhor é abrir o coração, distribuindo simpatia.
Com o passar do tempo, a gente aprende que tem gente que não curte a própria vida. Então, como irá se alegrar com as vitórias grandiosas do outro?
Com o passar do tempo, a gente aprende que quem nunca participou já partiu.
Com o passar do tempo, a gente aprende que quem nunca esteve já se excluiu.
Com o passar do tempo, a gente aprende que não dá tempo pra ficar voltando ao passado. A ordem pra viver é seguir em frente. É vida que segue.
Com o passar do tempo, a gente aprende que tudo passa.
Com o passar do tempo, a gente aprende que a vida que Deus deu para cada um viver é de respostas e sem questões.
Com o passar do tempo, a gente aprende que fazer o bem é o maior bem que se tem.
Com o passar do tempo, a gente aprende a ver que o que realmente importa é o hoje.
Com o passar do tempo, a gente aprende que ser amado é maravilhoso. Pois, o amor cura, traz esperança, sonhos, alegria, boas gargalhadas e muita paz.
Com o passar do tempo, a gente aprende que em todos os momentos a presença do Senhor é real. E tudo muda pra melhor, quando a gente se torna completamente dependente dele, entregando todas as circunstâncias aos seus cuidados. Pois, ele está no controle de tudo.

Aquele Abraço Águia.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

O caminho mais difícil.

"Levanta-te."
Mc. 2:11.

Quatro amigos de um homem, não só paralítico, mas completamente entrevado, o levaram até uma casa, em Cafarnaum, onde estava Jesus, pela certeza de sua cura.
Ao chegarem na casa onde estava Jesus, viram que seria impossível colocarem seu amigo diante de Jesus, pela multidão que lotava a casa.
Pensaram e viram uma possibilidade, levando-o até o telhado da casa, destelhando e descendo com o paralítico no centro da sala onde estava o Mestre. E assim, ele seria curado.
Certamente eles escolheram o caminho mais difícil, mas o resultado seria infalível.
Com toda a dificuldade, estes quatro homens levaram o seu amigo na cama até o telhado da casa, destelharam e, em meio aos cordões que sustentavam a cama, desceram com o paralítico no meio da sala onde Jesus estava.
Esta atitude de terem escolhido o caminho mais difícil, causou admiração em Jesus, pois revelaram fé. E diante de todos que ali estavam, Jesus disse que os pecados daquele homem estavam perdoados.
Como percebeu a murmuração de todos, disse com muita autoridade, para que aquele homem levantasse, pegasse a sua cama e andasse.
Esta ordem revela o quanto era necessário aquele homem tomar uma atitude de vitorioso, porque estava tudo pronto e o milagre já era realidade em sua vida.

Muitas vezes travamos um trajeto lógico, para a conquista de vitórias que desejamos conseguir, como se Deus fosse guiado pela nossa lógica humana, para nos conceder vitória.
Deus sempre trabalha na contramão da lógica humana, porque ele é surpreendente e é Deus.

O caminho mais difícil nunca é o que queremos, mas é o que precisamos percorrer. Pois, no caminho mais difícil, passamos a viver menos o ego e mais o Senhor; experimentamos o quanto é necessário decidirmos renunciar muitas coisas, para que o nome excelso do Senhor seja glorificado através de nossas vidas, aprendemos, adquirimos maturidade e vemos o quanto dependemos do Pai.
Assim, nesta plena dependência, vivemos em obediência, tendo, consequentemente o melhor da terra e alcançamos milagres tremendos, vindos do Senhor.
O caminho mais difícil nunca é fácil e jamais será a nossa escolha. Porém, é o caminho que o Senhor permite que percorramos, para que sejamos transformados, restaurados para um novo tempo que ele tem preparado.
Está tudo pronto.
Portanto, precisamos tomar uma atitude e continuar no caminho mais difícil até o fim, para alcançarmos a vitória.

Aquele Abraço Águia. 

segunda-feira, 6 de abril de 2020

E o que fazer, diante do tempo que está sobrando?

"Tudo tem o seu tempo."
Ec. 3:1.

O tempo era o grande vilão do homem.
A fala geral humana é que não havia tempo pra nada.
E em meio à quarentena, pra evitar a propagação da pandemia, causada pelo coronavírus, o tempo passou a estar sobrando.
Não havia tempo pra visitar os pais.
Agora, ironicamente, o tempo está sobrando, mas os pais não podem receber visitas, por fazerem parte do grupo de risco.
Os beijinhos, os abraços calorosos e os apertos de mão, como gestos de carinho e afeto, se tornaram inimigos do ser humano. Por isso, foram terminantemente proibidos, para não haver a propagação do vírus.
O interessante é que hábitos tão simples e costumeiros, tornaram-se desafios perigosos.

Parece até irônico, mas o coronavírus se transformou num professor. E está ensinando a cada um, neste mundo tão competitivo, que não vale a pena a competição, mas a cooperação.
Não vale a pena acumular tantas coisas, pensando no amanhã, porque o amanhã não existe. A realidade da vida é pra hoje.
O hoje é pra ser vivido sem fantasia alguma.
Não vale a pena pensar que é melhor que o outro, por causa de um diploma, uma profissão, riqueza ou outras coisas.
Estão todos no mesmo barco.
Todos são iguais, numa situação inexplicável, inesperada, silenciosa, que mostra, a cada momento, que o mais importante é viver.

Viver é assumir e cumprir uma ordem, que é a ordem de continuar, com ritmo e determinação.
Viver é viver com vida.
Viver sem a cansativa reclamação, que é clamar duas vezes por algo que não se quer mais; e também insinuar que Deus não sabe o que está fazendo.
Viver, acima das circunstâncias que estão sendo enfrentadas e superadas, firme e com autonomia de decisão de quem sabe o que quer.
Viver o aqui e o agora, fazendo acontecer, lutando pra se manter de pé, sem a necessidade de pisar no outro pra isso.
Viver e não ter medo ou vergonha de tentar ser feliz.
Viver com um sentimento puro de gratidão a Deus por tudo, principalmente a vida que ele concede de presente a cada um todos os dias para ser vivida.


Aquele Abraço Águia.