segunda-feira, 29 de abril de 2019

Ana e a sua oração de vinte e quatro anos.

"E o seu semblante já não era triste."
I Sm. 1:18.

Deus não havia prometido um filho a Ana.

Ela vivia sendo humilhada por Penina, a outra esposa de Elcana, que tinha filhos.

Penina não se cansava de ofender a Ana, a ponto dela viver triste e chorando pelos cantos.

Ana perseverou em oração, pedindo a Deus um filho; pois era estéril.

Ana viveu, por vinte e quatro anos, uma vida ultrajada, envergonhada por ser estéril. Mesmo assim insistia, pedindo a Deus um filho. Embora não houvesse promessa alguma divina quanto a isso.

De repente, Penina calou-se e parou de humilhar e provocar Ana, porque o choro de Ana cessou.

Ana clamou ao Senhor, no vigésimo quarto ano, de joelhos.
Foi um clamor tão tremendo no templo em Silo, a ponto do sacerdote Eli conotar que ela estava embriagada.
Ao levantar-se da oração de joelhos, o semblante de Ana não era mais triste, porque a partir daquele momento Ana mexeu com o coração de Deus, que gerou nela um milagre, Samuel, que significa "ouvido por Deus" ou "nome de Deus".

Que sejamos como Ana, perseverando em oração, independente das Peninas, que tentam nos fazer chorar.
As Peninas apontam para as ações dos demônios, que tentam nos intimidar e nos parar, diante do que estamos clamando ao Senhor.

Ana não tinha promessa alguma de Deus, mas perseverou e obteve do Senhor a vitória de ter um filho.
E nós temos trinta e duas mil e quinhentas promessas de bênçãos do nosso Deus.
Então, por que ficarmos quietas, debruçadas na janela, vendo a banda passar, se podemos usar a arma imbatível e poderosa da oração?

Aquele Abraço Águia.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

O amanhecer pascal.

"Ele não está aqui."
Mt. 28:5.

O amanhecer é algo lindo que a natureza revela.
No mar, o nascer do sol vai se despontando no horizonte; e parece estar se alinhando, num desenho maravilhoso de sintonia com o mar.
Isso acontece em dias de verão.
Na estação do inverno, o amanhecer é lento.
Ainda que o cenário seja nublado, o amanhecer tem a sua beleza peculiar.

A ciência afirma que no decorrer final da madrugada, o momento mais escuro é quando começa a amanhecer.
Diante desta realidade tão significativa que a natureza revela, o domingo pascal traz um amanhecer magnífico, com a ressurreição de Jesus Cristo.

Quando Jesus viveu o martírio, até chegar à crucificação, foram momentos de trevas.
A sua morte na hora nona, trouxe uma escuridão plena.
O caos melancólico de uma sexta-feira, revelou o impacto da própria natureza, diante da morte de Jesus.

O amanhecer pascal trouxe a ressurreição do Senhor, que venceu a morte, tomando do diabo as chaves das portas do inferno e da morte.
A conquista vitoriosa de todos nós, que assumimos a identidade de filhos de Deus, veio por intermédio da ressurreição de Jesus.
A ressurreição trouxe o amanhecer lindo de alegria, paz, amor, saúde, milagre, vida viva com o Senhor.

Que possamos viver uma vida de amanhecer pascal sempre e para sempre.

Feliz Páscoa pra toda a vida.

Aquele Abraço Águia.

quinta-feira, 18 de abril de 2019

O bem da oração.

"Orai sem cessar."
I Ts. 5:17.

Por que há uma necessidade de vivermos uma vida de oração?
Todos nós herdamos uma natureza adâmica. E este perfil nos confere uma alma manhosa.
Esta alma manhosa, nos leva a viver um grau de sentimento, onde todos têm de apiedar-se de nós.
É o famoso "tadinho de mim".
E isso é muito perigoso, porque traz à tona a alma manhosa de Adão, onde, quando foi questionado por Deus, o porquê dele ter se escondido e como descobriu que estava nu, logo arrumou um jeito de culpar o próprio Deus, dizendo: "A mulher que tu me deste".

Este hábito de transferir para alguém a culpa de algo realizado que não foi bem sucedido por nós, traz este perfil de "tadinho de mim", num registro autêntico da alma manhosa adâmica.
Assim sendo, sempre haverá desculpa pra não termos um momento íntimo com o Pai.
Na oração intercessória, principalmente, vemos o quanto vivemos o amor de Deus, nos colocando no lugar do outro. 
E isso agrada a Deus.
A partir daí, o Senhor Deus, o Pai Nosso Amado, vê o quanto estamos envolvidos em amor (pois a maior declaração de amor a alguém é orarmos por ela) e nos recompensa de maneira multiplicada, com boa medida, sacudida, recalcada e transbordante (Lc. 6:38).

O bem da oração é uma riqueza inestimável.

Que saibamos viver uma vida de oração.

Aquele Abraço Águia.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Interrupção.

"A vida é um vapor."
Tg. 4:14.

O Brasil foi surpreendido, no dia 5 de abril de 2014, com a notícia da morte súbita de um ator muito famoso brasileiro, chamado José Wilker, que foi vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia, aos 67 anos.
A surpresa foi geral, principalmente entre os seus amigos mais íntimos, que foram unânimes em dizer que não deveria ter sido assim, foi surpreendente, não estavam estruturados para perdê-lo dessa forma, etc.
É interessante observarmos que as pessoas mais famosas do meio artístico, diante deste fato irrevogável divino, ficaram tão frágeis e tão pequenas.
Diante de uma história assim, em que nós, no nosso limite meramente humano, vemos uma interrupção de tantos planos, sonhos e quando esbarramos com a vontade de Deus, costumamos não entender.

Deus permite que o homem penetre em diversas áreas de seu caráter, como o seu amor, a sua bondade, a sua santidade, etc. Entretanto, existe uma área, que jamais o homem poderá mudar, interromper, transformar ou questionar, muito menos penetrar, que é a sua vontade.
Deus faz o que quer, quando quer e com quem quer. E esta é a característica de sua sabedoria.
Então, como entender que a vontade de Deus é boa, agradável e perfeita?
Não há como entender a vontade de Deus, dentro de sua proposta para as nossas vidas, quando ocorre a interrupção, e as dificuldades, as perdas e as impossibilidades são tão evidentes.

Não conseguiremos jamais entender, tão pouco aceitar a vontade de Deus, se não estivermos submetidos a ela. Pois querendo ou não, a vontade de Deus é pra ser vivida.
E para estarmos submetidos à vontade de Deus, precisamos viver a condição de herdeiros do Pai, como filhos.
Somente assim, entenderemos sempre que a vontade de Deus é boa, porque a sua bondade nos faz bem; é agradável, porque Ele realiza o melhor para nós, em todo o tempo, independente de qualquer questão; e é perfeita, porque em sua plena perfeição, os seus feitos revelam o quanto Ele nos ama, proporcionando a resposta e o resultado dos motivos de determinada interrupção, que nunca é como pensamos insensatamente, que é fora do tempo, mas no momento certo. Pois para tudo que acontece na vida, há um tempo determinado. E o tempo só obedece a Deus, por habitar na eternidade de Deus.

A vontade de Deus existe, para mostrar ao homem simplesmente que Deus é Deus.
O que ele faz, está feito e ninguém pode mudar, pois ele sabe o que faz.
Que saibamos viver a vontade de Deus para o dia chamado hoje (Hb. 3:13), a cada dia, cada dia de uma vez.

Aquele Abraço Águia. 

Sené ou Bozez.

"Em cada lado do desfiladeiro que Jônatas pretendia atravessar para chegar ao destacamento filisteu, havia um penhasco íngreme; um se chamava Bozez, o outro, Sené."
I Sm. 14:4.

Micmás, é uma cidade da tribo de Benjamim, fica a leste e ao sul de Migron, na estrada para Jerusalém.
Micmás significa em hebraico lugar escondido, ou lugar guardado.
Nesta cidade existe um monte que recebe o mesmo nome, sendo assim o monte Micmás.
O monte Micmás está a 600 metros acima do nível do mar e a 11km de Jerusalém.

Os filisteus eram dominadores na fabricação de espadas, lanças.
Assim sendo, por não haver ferreiro em Israel, todo o povo tinha de descer aos filisteus até para amolar arados, enxadas, machados e foices.
Na guerra de Israel com os filisteus, não havia espada nem lança na nação de Israel, com os soldados. Apenas Saul e Jônatas tinham armamento.
E uma guarnição ou grupo de vinte filisteus foi ao caminho de Micmás, se alojando no monte, chamado monte Micmás (I Sm. 13:19-21).

Na intenção única de libertar Israel do sistema opressor dos filisteus, Jônatas e o seu escudeiro, subiram o monte Micmás, onde estavam os vinte poderosos e hábeis guerreiros filisteus, de tocaia.
Havia dois caminhos pra eles optarem subir, avançar e chegar até o cume do monte; e assim haver o enfrentamento com estes guerreiros.
O primeiro caminho, ao norte de Micmás, era Bozez, que significa, em hebraico, altura brilhante, com rochas escorregadias, pontiagudas e pegajosas, penhascos bem verticais, formando dentes, tudo pelas forças erosivas, que tornavam o trajeto quase impossível. Pois, era necessário recomeçar diversas vezes, de tanto escorregar.
O segundo caminho, ao sul, na direção de Gibeá, era Sené, que significa, em hebraico, descida espinhosa, onde se houvesse a opção de subida por este trajeto, certamente os espinhos provocariam muitas feridas.
Jônatas e o seu escudeiro ficaram cansados de tentar subir por Bozez, pois escorregavam muito e tiveram de recomeçar diversas vezes. Por isso, teve de fazer a opção de subida por Sené, apesar dos espinhos que lhes trouxeram muitas feridas.
Foi a decisão de Jônatas.

Jônatas colocou dois sinais ao escudeiro. E o sinal que mostrou claramente que Deus havia dado a eles a vitória sobre esta guarnição de filisteus, foi a maneira escarnecedora e depreciativa com que eles agiram, ao verem Jônatas e o seu escudeiro.
Jônatas foi guerreando com um por um e o seu escudeiro ia matando atrás dele.
Assim Jônatas prevaleceu.
Deus trouxe um tremor no arraial dos filisteus. E eles acabaram brigando uns com os outros.
Diante de tudo isso, houve a derrota dos filisteus (I Sm. 14:1-13).

Aprendemos com esta história que, cada um de nós é Micmás, o lugar geográfico guardado, escondido pelo Senhor.
Avançar para a conquista vitoriosa, quase sempre tem o desafio do trajeto, que impele muitos recomeços; e ao longo do caminho ficamos sujeitos a ter decepções, mágoas e muitas feridas.
Entretanto, precisamos subir, sair do vale e chegar ao monte.
Um sinal bem claro de que a vitória é nossa, é o escarnecimento do inimigo, que revela que ele já está derrotado.

Não há como contornar Bozez ou Sené, temos de enfrentar, subir e vencer, escorregando, recomeçando ou tendo feridas.
Deus sempre garante, criando situações, fazendo acontecer tremores, estrondos, seja o que for necessário, para conceder-nos a vitória plena.


Aquele Abraço Águia.



domingo, 7 de abril de 2019

O escudo.

"Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar os dardos inflamados do maligno."
Ef. 6:16.

O soldado romano, na antiguidade, em relação a sua armadura de batalha, após colocar todas as peças que compunham toda a sua indumentária, ele pegava o escudo e a espada.
O escudo que o soldado romano usava para a batalha, era uma peça de madeira revestida com tecido e couro, de formato oval, reforçado com tiras de ferro.
O escudo era grande o suficiente para proteger todo o corpo do soldado.

Durante a batalha, o soldado usava flechas incandescentes.
Elas eram mergulhadas em material inflamável.
Os arqueiros as acendiam e lançavam contra o exército adversário.
Há registros arquivados da história, onde soldados contaram 220 flechas fincadas no escudo.
Por isso, o escudo era mergulhado na água, para que as flechas lançadas fossem apagadas.

O diabo tenta, com suas setas inflamadas, como se fossem mísseis em chamas, atacar-nos com as obras da carne, na intenção única de desativar a nossa fé. Pois, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb. 11:6); e como consequência, sem ela, há uma interferência direta nos resultados vitoriosos e miraculosos.

A fé é uma força sobrenatural, produzida no coração de cada um de nós, mediante o entranhamento receptivo da Santa Palavra de Deus (Rm. 10:17), por Cristo Jesus.
Jesus venceu o mundo (Jo. 16:33).
Diante desta realidade maravilhosa, que possamos mergulhar o nosso escudo da fé, na fonte de águas vivas (Jo. 7:38), que é Jesus.
Assim sendo, quaisquer dardos inflamados do maligno serão apagados. Pois, maior é o que temos.
Esta é a vitória que vence o mundo: A nossa fé (I Jo. 5:4).

Aquele Abraço Águia.