"Água pediu ele, leite lhe deu ela."
Jz. 5:25.
Existe um folclore popular que diz que leite morno traz sono, ou ajuda a dormir.
O mito provoca, sem dúvida, muitas e significativas controvérsias. E aí, se torna mais empírico do que científico.
Esta crença popular se tornou muito evidente, embora não existam comparativos estudos que comprovem este efeito do leite morno fazer dormir.
No leite existe a presença de um aminoácido, não fabricado pelo corpo, chamado de triptofano.
Este aminoácido costuma modular a produção de serotonina, que é um neurotransmissor, trazendo a sensação de bem-estar.
E a serotonina é usada na produção da melatonina, caracterizada como o hormônio do sono.
O triptofano está presente no leite, carnes, ovo, grão-de-bico, feijões e outros alimentos.
Há estudos em que é apresentado triptofano atuando apenas na primeira fase do sono, onde o homem começa a ficar sonolento.
Para atravessar a barreira da corrente sanguínea e chegar ao tronco cerebral, que controla o ciclo sono/vigília, ele compete com outros aminoácidos, se tornando fraco diante da tirosina, que é um estimulante cerebral e está presente em alimentos proteicos, como a carne vermelha.
Resumindo, para que o triptofano tenha a eficácia em cumprir a função de acelerador da serotonina, é aconselhável que o leite morno seja acompanhado de algum carboidrato, como pão integral com mel, que estimula a liberação de insulina e limpa o sangue de aminoácidos rivais.
Dentro deste histórico do leite morno dar sono, a palavra de Deus nos traz a história do capitão Sísera, da terra de Canaã, cujo rei era Jabim, rei de Hazor.
Este capitão tinha um exército poderoso, com novecentos carros ferrados, oprimindo violentamente a nação de Israel por vinte anos.
Sísera era considerado um capitão invencível, tamanha a audácia nas guerras e sempre vitorioso em todas.
Esta história se passa nos tempos de Débora, que era juíza, profetisa e líder militar em Israel.
Jael era esposa de Heber, cuja família tinha um relacionamento estreito com o rei Jabim.
Jael era estrangeira, ela e seu esposo eram queneus. Mas, se fortificou no Senhor, percebendo, o quanto Deus estava permitindo o capitão cananeu ficar em suas mãos.
Após Baraque com seus aliados terem vencido, o que era praticamente impossível, os carros se atolado na lama e assim ter exterminado com o grande exército de Sísera, houve uma perseguição de Baraque a ele.
Sísera se refugiou na tenda de Jael, que ficava na fronteira e lhe ofereceu abrigo.
A partir daí, toda a sequência estratégica de Jael foi de uma guerreira.
Sísera lhe pediu água e ela lhe deu leite morno.
Jael aqueceu o seu corpo com um cobertor. E quando Sísera estava no mais profundo sono, ela friamente crava, em sua fronte, um ponteiro da tenda, com um martelo. A ponto de atravessar a cabeça e fincar no chão.
Esse ato heróico de Jael, salvando o povo de Israel de uma opressão de vinte anos, começou simplesmente com um leite morno, como coalhada.
O Senhor livrou a Israel, entregando Sísera nas mãos de uma mulher, conforme havia profetizado Débora (Jz. 4:9).
Esta história está registrada em Jz. 4:1-24.
Aprendemos com esta história, sobre a estratégia de Jael para matar um grande inimigo de Israel, que Deus usa de maneira simples, pessoas, fatos, para revelar-se e dar vitória aos seus.
Nada é impossível, diante do nosso Deus, o Todo-poderoso.
Nada é demasiadamente difícil, que ele não possa agir e dar a vitória.
Quando Deus define a situação e opera de modo pleno, ninguém pode sequer interferir.
Precisamos entender e perceber o propósito divino, em relação às situações vividas. E ao que ele quer e como ele quer agir através de nossas vidas, utilizando-se, de repente, até de um copo de leite morno, para cumprir as suas promessas e nos conceder a tão esperada vitória.
Aquele Abraço Águia.
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