sábado, 28 de março de 2015

Lisonjeio não é bom.


Falam com lábios lisonjeiros e coração dobrado.
Sl. 12:2.



Lisonjeio não é bom.
A palavra elogiar é caracterizada, como a opinião que alguém tem, de modo favorável, para o outro ou para uma determinada situação.
E a palavra lisonjear é caracterizada, como a procura que alguém tem de agradar o seu próximo, lançando sobre ele elogios exagerados.
Normalmente, o lisonjeio é dado por alguém ao outro, na intenção de algum benefício próprio ou outro tipo de interesse.
O homem gosta de receber elogio, pois em sua opinião é visto, assim, o pleno reconhecimento do que foi feito e de quem ele é.
Entretanto, o elogio normalmente passa a exercer um papel muito negativo na vida do homem; porque o elogio vai formando um outro homem de modo enganoso, longe de sua essência, fazendo-o viver de mentiras. E dentro disso tudo, a confusão de sua vida torna-se maior, porque o homem passa a não entender os solavancos que passa, não apresentando algum tipo de reação, por não ter forças pra lutar.

As consequências de um elogio exagerado :

- Aguça o "eu".
Diante de um elogio exagerado, vem a oportunidade do homem mostrar quem ele realmente não é.
E assim sendo, o homem vai vivendo de um "eu", que é completamente maléfico à sua rotina de vida.
Um "eu" destrutivo, dentro de uma realidade ordinária, aparece e leva o homem a viver um eu coitadista e um eu conformista. Assim sendo, é formado nele um medo acentuado, conduzindo-o a pensar que é incapaz de mudar. E no fator medíocre da continuidade, o homem passa a não correr riscos. Por isso, o ajuste do eu conformista.
E assim, no cárcere do tédio, o homem não consegue construir uma história sonhada e desejada em sua vida, pois o seu "eu" subtrai nele tudo que é crescente e bom, eliminando por completo o seu firme propósito de viver.

-Traz uma cobrança maior.
O elogio exagerado ou lisonjeio, na verdade, gera no homem, um sistema de cobrança gigantesco. Pois, à medida que o homem vai sendo elogiado, ele vai ficando cada vez mais cobrador de si mesmo, tendo a necessidade de mostrar que é o melhor, naquilo que foi lisonjeado.
Entretanto, devido a tanta cobrança, o homem acaba atropelando tudo e todos, e entrando numa redoma de solidão, se isolando das pessoas e ficando só.

- Eleva a soberba.
Diante de um lisonjeio, dentro do que foi realizado com sucesso, o homem começa a se sentir superior aos que estão ao seu redor.
E este sentimento de soberba fica tão aguçado, que o homem gera nele um extremo narcisismo, não conseguindo ver outra pessoa, a não ser ele mesmo.
E por causa da soberba, o homem passa a tratar os outros com muita superficialidade, não querendo e não conseguindo mais ser verdadeiro, deixando de mergulhar na água da vida. Tendo e mantendo, uma vida de ruína, pois a soberba é o caminho mais curto para a queda total (Pv. 16:18). E o homem soberbo, passa a viver no seu fim, uma vida caótica de derrota e solidão.

- Promove o envaidecimento.
O elogio exagerado, promove na vida do homem um envaidecimento absurdo e exacerbado.
E diante de tanta vaidade, devido ao lisonjeio que o homem recebe e vai armazenando em si mesmo, ele acaba ficando grande demais, não conseguindo ficar em lugar algum.
Por isso, o homem envaidecido se torna muito difícil de conviver.

- Traz o engano.
O elogio exagerado traz o engano, porque o homem cria um cenário fantástico para a sua vida, expandindo nele um sentimento cada vez mais egoísta e ordinário, achando que só existe ele no mundo. E o que é o melhor da vida, só foi feito pra ele; num contexto mentiroso de vida pobre e medíocre, que ele pensa ser maravilhosa.

- Faz o homem viver achando que é, o que na verdade não é.
O elogio exagerado, traz o excesso em tudo na vida do homem. E na verdade, ele passa a ser o que não é, porque o lisonjeio fez com que o homem andasse por caminhos enganosos, e na sua soberba, com um eu aguçado e cheio de vaidade, ele pensa que é insubstituível, desencadeando uma insensatez e um desequilíbrio irreversível.
Assim sendo, sua vida se torna triste, mórbida e sem vida. Porém, mesmo assim, devido aos lisonjeios, o homem continua achando que é, o que na verdade não é.

Que possamos fugir dos lisonjeios, para termos uma vida saudável, sem necessidade alguma de que as pessoas reconheçam o nosso valor, e nos aplaudam por isso. Pois, quem precisa ver e reconhecer o nosso valor, é o Senhor Deus, que exerce, de modo profundo e intenso, a sua soberania em nossas vidas, fazendo-nos triunfar nele (II Co. 2:15), e nos dando vitória por nosso Senhor Jesus Cristo (I Co. 15:57). Porque dele e por Ele, e para Ele, são todas as coisas (Rm. 11:36).



Tenha uma vida de equilíbrio.
E que Deus lhe abençoe muitíssimo!

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