A espera pela espera.

"Mas os que esperam no Senhor."
Is. 40:31.

Em nós há sempre uma busca muito apressada, em tudo que a vida nos proporciona. E quando nos deparamos com a espera, esbarramos numa postura que temos de assumir e na verdade rejeitamos bruscamente.
Tudo porque na arte de esperar, passamos a guerrear contra a própria espera.

Não queremos esperar.

Não aceitamos esperar.

Nunca entendemos a razão de termos de esperar.

É na espera que enfrentamos as nossas ansiedades, as diversas emoções que surgem, os altos e baixos que estamos sujeitos a ter na vida nossa de todos os dias e tudo mais ainda.

Há um provérbio popular que diz: "Quem espera sempre alcança".
Entretanto, o que acontece conosco, diante de qualquer situação que requeira de nós a espera, é um cansaço repentino e insistente, querendo nos fazer desistir.

Parece que em alguns momentos da espera por algo, ficamos a mercê do nada, como se não valesse mais a pena.

Somos muito discordantes e temos discordâncias diversas conosco mesmo, por causa da espera.
E assim precisamos esperar, temos de esperar, mas não queremos nem aceitamos esperar.

O que fazer, diante de tantos conflitos que geramos, por causa da espera?
Em quaisquer questões, em relação à espera, jamais obteremos respostas, porque a espera é inquestionável.
Simplesmente na espera, temos de esperar e pronto, porque a espera é um fator definitivo, dentro da história de cada um de nós.

A espera torna-se muito difícil, mas vivemos sempre a mercê da espera.
A dificuldade na espera é árdua, porque esbarramos com o nosso "eu", por não admitirmos e não assumirmos que precisamos esperar.

A espera esbarra com a ansiedade em todo o tempo.
A espera revela o ápice de nossa fé; e a ansiedade revela a nossa falta de fé em Deus. Por isso, ora cremos, ora não cremos, devido a essa guerra absurda em nós entre a espera e a ansiedade.
E assim, cremos em esperança contra a esperança (Rm. 4:18).

Quando anulamos o nosso "eu", e passamos a viver uma viva esperança no Senhor, do nada surge o tudo de Deus. E assim, somos renovados nas nossas forças (Is. 40:31), fortalecidos na força do poder divino (Ef. 6:10), nos tornando alegres em todo o tempo (Ne. 8:10), pela certeza de sermos muito mais do que vencedores sempre e sempre (Rm. 8:37).

Aquele Abraço Águia.