O mordomo de Abraão.

"Deus de meu senhor Abraão."
Gn. 24:12.

Abraão incumbiu o seu mordomo, o damasceno Eliezer a ir à Mesopotâmia, na cidade de Naor, buscar dentre os seus parentes, uma esposa para o seu filho Isaque.
É interessante a observação desta ordem de Abraão.
Ele confiava demais em Eliezer.
Seu mordomo viajou cerca de trinta dias, com dez camelos, carregando presentes e jóias para a jovem que fosse a escolhida.
Ao chegar na entrada da cidade, Eliezer para e fica sem saber o que fazer.
E é exatamente neste momento que ele faz uma oração, diante da rotina que ele tinha com o seu senhor Abraão.
O único contato que este homem tinha com Deus, era que ele era o Deus de seu senhor Abraão.
E foi esta a oração de Eliezer:

"Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão! Dá-me hoje bom encontro, e faze beneficência ao meu senhor Abraão!"
Gn. 24:12.

A relação de Abraão era tão íntima com Deus, que Eliezer se utilizou deste nível de intimidade, para pedir ousadamente, num ato de fé, uma prova da moça que seria a escolhida.
A oração com fé resolve problemas.
A oração com fé soluciona situações, quando não sabemos o que fazer.
A oração com fé nos leva além dos limites.
A oração com fé nos conduz além de nós mesmos e nos faz viver o milagre.

Eliezer fez uma oração bem difícil, como prova de fé.
A sequência da oração de Eliezer:

"Eis que eu estou em pé junto à fonte dágua, e  as filhas dos varões desta cidade saem para tirar água;
Seja pois que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o teu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que fizeste beneficência a meu senhor."
Gn. 24:13-14.

Isso aconteceu às três horas da tarde.
Antes dele acabar de orar, a moça escolhida, Rebeca, apareceu, fazendo tudo que ele havia pedido.
Eram dez camelos. E camelo bebe de 120 a 200 litros de água.
O cântaro de Rebeca cabia 20 litros de água.
Ela deu água a Eliezer e se propôs a dar água aos seus camelos.

A oração é uma boa conversa com Deus, que mantém o nosso relacionamento íntimo com ele.
Não existe relacionamento sem conversa.
Quando oramos, nos alinhamos ao coração divino, vivendo sob a sua boa, agradável e perfeita vontade.
A partir daí, passamos a ter uma vida de intercessão, sentindo a dor do nosso próximo.
Assim sendo, a dor dele é a nossa dor.
A luta dele é a nossa luta. Porém, a vitória dele também é a nossa vitória.

Que saibamos viver a plenitude da intimidade com Deus em oração, a ponto de sermos um paradigma para outras vidas, como Abraão foi para Eliezer.

Aquele Abraço Águia!