quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Quinze dias, depois da primeira quimioterapia que eu fui submetida.

“Até aqui nos ajudou o Senhor.”
I Sm. 7:12.

Desde domingo tenho notado uma queda dos fios de cabelo, devido a quimioterapia que fui submetida.
A partir de então, a cada dia tem sido acentuada esta queda.
Hoje principalmente.
Meus cabelos estão indo embora silenciosamente. 
Lembrei das árvores, quando ficam sem folhas no outono, a estação silenciosa.
As árvores ficam sem beleza alguma, mas é exatamente nesta estação, que elas começam a frutificar.
E vem o renovo, com folhas verdes, para mais um ciclo.
Lembrei-me da águia, quando decide renovar-se, aos quarenta anos; fica na caverna, silenciosa, tirando o bico, as unhas e as sete mil penas, numa sequência disciplinada, para que em cento e cinquenta dias, haja a renovação.
E assim sendo, renovada, ela fica mais jovem, mais bela e mais forte, para viver mais trinta, trinta e cinco ou até quarenta anos.
É interessante que, neste período de renovação da águia, ela precisa de outra águia, para alimentá-la; e assim, ela conseguir suportar todo este processo de renovação. 
É uma etapa bem delicada.
São muitas emoções juntas.
Não dá para explicar, porque não consigo entender.
Confesso que é um momento muito difícil. 
Não tenho como descrever ou comparar.
Porém, preciso enfrentar esta realidade. 
Tenho de passar.
É necessário. 

Há um propósito nisso tudo.
É uma etapa distinta.


Aquele Abraço Águia!

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